SIMPLESMENTE SAMANTHA

29 - SAMANTHA

Tomei um banho quente e me deitei um pouco. Nunca pensei que alguém faria com que eu me sentisse tão mal assim. Eu fiquei mal a ponto de chorar na frente de Miller e abraça-lo. Ou seja, isso quer dizer que eu realmente estava muito mal.

Ouvir as palavras saíndo da boca daquela mulher foi inexplicável. É como se ela tivesse o poder de acabar com o emocional das pessoas com as palavras. Palavras machucam, eu sei. Mas quando saem da boca dela, é como se você estivesse na cadeira elétrica e cada palavra era um choque.

Essa mulher só pode ser uma bruxa, ou algum tipo de mulher das trevas, pois não é possível. Isso tudo não pode ser por Miller. Ou pode? Pode ser apenas pelo dinheiro dele, talvez?  Parece que Alicia e Vanessa estão fazendo escola de loucas de amor e dinheiro.

Agatha ainda dorme no meu quarto, pois ficou com medo de Pilar. E com razão, essa mulher é o demônio. Se bobear até o demônio é melhor...

O que mais está me irritando é a minha mente. Que não apaga as palavras que Miller disse para mim. Qual é o problema? Ele só me disse aquelas coisas para eu me sentir bem. Não são reais... não são.

Olhei um pouquinho para Agatha e ela dormia tranquilamente. Acho que não consigo mais viver sem ela. Ela me desperta tantos sentimentos, tantas sensações. Coisas que eu achei que nunca sentiria por alguma outra criança que não fosse Brianna e Thomas. Mas ainda assim, as coisas com ela parecem ser tão intensas. Eu com toda certeza enfrentaria qualquer coisa só para faze-la sorrir.

Com cuidado me levantei e sai do quarto. Quando começo a descer as escadas encontro Pilar saíndo do escritório de Miller com suas coisas. Ela me encara com um olhar de puro ódio.

— Não pense que venceu! – diz ela.

— Não preciso pensar, basta eu olhar para você.

— Eu ainda farei da sua vida um inferno! – disse com total convicção.

— Já passei por vários infernos, mas nunca tive a oportunidade de ficar cara a cara com o capeta como agora. – ela abriu a boca para responder mas Miller apareceu a interrompendo.

— Seu táxi chegou. – diz ele.

— Isso não acabou! – jogou un olhar mortal para mim e para Miller abrindo a porta da entrada e a batendo com uma tremenda força.

— Ui! Que meda. – fingi tremer e Miller solta um suspiro pesado. — O que foi agora? Está com saudades dela já? – ele revira os olhos.

— Claro que não, só estou preocupado.

— Com o que?

— Preciso arrumar outra babá para Agatha.

— Por que não a coloca em uma escola? Ela já está na idade.

— Eu não sei. – diz incerto.

— É medo do que? Dela arrumar um namorado? – soltei uma risada e ele me encara sem reação.

— Namorado?

— Não vem com sídrome de Brian para cima de mim não. – fiz uma careta. — Estou brincando seu idiota!

— Tenho motivos para não coloca-lá em uma escola.

— Me dê um então... – cruzei os braços lhe fitando.

— Primeiro.... ela pode arrumar um namorado. – soltei uma risada. — Minha filha é muito nova para namorar.

— Já ouvi isso milhões de vezes. – rolei os olhos. — Brian fala isso vinte e quatro horas por dia. Acredite, é cansativo.

— Só estou falando a verdade. – deu de ombros. — De qualquer maneira, eu preciso de uma babá. – pareceu pensar, e neste momento uma lâmpada acende na minha mente.

— AH! Já sei! Por favor faça tipo um concurso de babás igual nos filmes. Daquelas que vem uma fila, e tem que escolher. Por favorzinho.

— O que? – franzi o cenho.

— Você escolhe no máximo vinte candidatas para ser babá, ai todas elas vem até aqui e a gente escolhe.

— A gente? – arqueou uma de suas sobrancelhas me fitando com atenção.

— Sim, óbvio. Eu sei fazer boas escolhas, e é para eu me certificar de que você não vai escolher qualquer uma.

— Eu não vou fazer essa besteira de novo.

— Melhor previnir do que remediar. Por favor!! – juntei as mãos implorando.

— Tudo bem. Eu falo para Andrew fazer um anúncio e resolver isso.

— Obrigada, thank you, gracias!

— Já entendi Samantha. – soltou uma risada.

Por que ele começou a sorrir de repente? É tão complicado quando ele faz isso.

— Er, eu vou tomar um copo de água. Agatha está no meu quarto.

— Tudo bem. – eu o encarei e ele me encarou. O que eu estou fazendo com a minha vida?

— Tchau! – corri até a cozinha.

Por que meu coração está idiotamente batendo rápido? Sinto que a qualquer momento eu posso ter uma parada cardíaca.

Enchi um copo de água até a tampa e tomei tudo em um só gole.

Eu definitivamente estou ficando mais louca do que já sou.

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Eu iria postar até esse capítulo só, mas ai lembrei do próximo e pensei "se eu não postar aquele, vão me assassinar a paneladas" então aproveitem o próximo e não morram pois sou pobre e não tenho dindim pra pagar funeral. I love vcs ❤