40 - SAMANTHA

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Já passou da meia noite, e eu não consigo dormir. Não desci para o jantar, apenas fiquei no meu quarto.

Tomei meu banho e vesti o blusão branco cheio de caveirinhas e minha meia preta até as coxas. Meu estômago está fazendo um escândalo, tenho que alimenta-lo, daqui a pouco até a Anna e o Brian estão escutando.

Me levantei, abri a porta e chequei se o caminho estava livre. Está tudo escuro, então acredito que sim. Sai do quarto com cuidado e desci as escadas indo até a cozinha.

Abri a geladeira e peguei o que eu precisava para fazer um sanduíche. Me sentei no balcão e comecei a comer.

— Fome? – senti um arrepio na espinha ao ouvir a voz de Miller ecoar na cozinha.

— Qual é o seu problema? Não está vendo que eu estou comendo? Quer me matar do coração? – perguntei irritada.

— Oh, me desculpe, não foi a minha intenção. – diz ele abrindo a geladeira e pegando um copo de água. Notei que ele vestia apenas uma calça de moletom preta. O que foi que eu fiz para merecer isso? — Você está bem?

— Por que não estaria?

— Você meio que surtou mais cedo, fiquei preocupado.

— Estou ótima, não foi nada de mais. – continuei comendo.

— Tem certeza?

— Peter será que da para deixar eu fazer o meu lanche em paz?!

— Chamou de Peter, isso não é bom.

— Não mesmo, agora vai dormir e me deixe em paz.

— Vou te fazer companhia. – se sentou ao meu lado. — Sabe, eu estou muito feliz com esse jantar. – bufei e me levantei com o prato o colocando na pia. — O que foi?

— Perdi a fome.

— Tão rápido? Você não jantou, é melhor comer direito.

— Por que você não vai se preocupar com a sua amiguinha. Sofie e esquece que eu existo? – ia saíndo da cozinha quando sou puxada por Miller.

— Ah, então é isso. – riu colando mais nossos corpos e me encarando.

— I-isso o que?

— Você está com ciúmes. – Soltei uma risada.

— Essa é a coisa mais estúpida que eu já ouvi! Eu não estou com ciúme de você, se liga! – tentei me soltar de seus braços.

— Não? Tem certeza?

— Tenho total certeza, agora me solta.

— Eu queria falar com você sobre o jantar.

— Não temos o que falar sobre esse jantar, ele é seu, não meu. Vou cuidar da Agatha como eu disse. – me soltei dele quase saindo dali. QUASE, pois o filho da mãe me puxou de volta e dessa vez me ergueu com uma grande facilidade e me sentou sobre o balcão. — Qual é o seu problema?

— Para de ser chata e deixa eu falar. – me encarou. — Como eu dizia antes, vou jantar com a Sofie no sábado a noite e não sei se vou voltar no mesmo dia.

— Estou pouco me importando, não quero saber de você e ela. – tampei os ouvidos com as mãos. — Lalalalalalala.

— Samantha, cala a boca e deixa eu falar! Não deixe eu repetir novamente. – tirou as mãos dos meus ouvidos segurando cada uma de um lado do meu corpo e me encarou firme. — Não sei se vou voltar na mesma noite pois vai ser em Nova Jersey, pode demorar o jantar e eu não vou conseguir voltar no mesmo dia. E eu gostaria de leva-la.

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