43 - SAMANTHA

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Fim de semana. AMÉM! Ouvimos um aleluia irmãos?

Sábado. Dia lindo, dia bonito, sem professores, gente chata. Hoje é o tal jantar e eu estou tão, mas TÃO ansiosa...

Sentiu a ironia?

Como tem andado as coisas nesses últimos dias? Bom... Agatha está BEM animada com a escola. Sofie não apareceu mais. Miller e eu estamos bem, mas digamos que eu estou fazendo aquele famoso doce. Sim, eu sou dessas.

Mia reapareceu e ficou um tanto revoltada por eu ter beijado o namorado dela. Depois de algumas horas explicando, ela entendeu. Ela é uma pessoa bem compreensível. 

Emilly e Ryan brigaram por causa de Sofie. A diferença é que Ryan sabe quando está errado e foi pedir desculpas para Emilly. Ela disse que só o desculparia se ele lhe comprasse uma camelo. Aí eu te pergunto: Por que eu não pensei nisso antes? Ele deu? Não. Mas prometeu levar ela para andar em um. Ryan como sempre, adorável.

Peguei meu celular e vi que já passava das dez da manhã. Com preguiça, me levantei e fui tomar um banho para despertar já que no dia anterior eu passei parte do tempo sendo uma criança com Agatha e brincando de tudo que víamos pela frente.

Já vestida com meus típicos moletons, desci e encontrei Miller em seu notebook na sala de estar.

— Fazendo? – pergunto me sentando ao seu lado.

— Conferindo nossas reservas no hotel.

— Ah, tá.

— Com fome?

— Também. – deitei minha cabeça em seu ombro. — Sono também.

— Aí eu não posso te ajudar. Ou quer que eu te pegue no colo e cante uma música de ninar? – lhe dei um tapa leve no rosto. — Au!

— Cachorro. – ele me olha.

— O que?

— Você latiu. – soltei uma risada e levantei minha cabeça para lhe encarar.

— Cachorro? – me encarou e eu assenti me afastando assim que o vi colocar o notebook sobre a mesinha de centro. — Vai ver quem é o cachorro! – começou a me fazer cócegas.

— Pa...ra.... Peter.... eu odeio cócegas... – tentei falar entre gargalhadas. — Desculpa. – ele parou. — Desculpa. – aproveitei a sua proximidade e lhe dei um selinho o empurrando em seguida.

— Animada para hoje a noite?

— Na sinceridade? – ele assentiu. — Não.

— Qual é? Vai ser legal!

— Quem me garante? – lhe olhei.

— Eu!

— E quem é você para me garantir alguma coisa?

— Peter Miller.

— Grande coisa. – revirei os olhos. — Me diz, eu não vou ter que usar aquelas frescuras não né?

— O que seria frescuras na sua língua?

— Vestido, salto alto e blá blá blá.

— Qual é o problema em usar vestido?

— Não sou uma pessoa comportada. Gosto de me sentir confortável e vestido não é algo que faça eu me sentir assim.

— Ok. Veste o que você quiser.

— Ótimo. Cadê a Agatha?

— A mãe da Eleanor a levou para brincar em um parque. Para você tudo bem né?

— Ué, claro! Por que eu não acharia tudo bem?

— Você sabe, se eu deixo algo que você não concorda, você cai matando em cima de mim.

— Miller, você é o pai dela.

— Você sabe que as coisas tem mudado e não sou mais o único responsável pela Agatha. – me encarou.

— Não quero tomar o lugar da mãe dela. – solteir um suspiro.

— Samantha, Elize nunca foi mãe da Agatha! Mãe não faz o que ela fez! – Miller se levantou irritado.

— Eu sei! Mas não posso simplesmente chegar atuando no papel de mãe dela.

— Você faz isso desde o começo. – argumentou.

— Eu sei. Eu sei. – encarei o chão.

— Samantha... – sentou ao meu lado puxando levemente meu queixo fazendo eu o encarar. — eu não quero brigar. Só acho que não adianta você tentar fugir da situação. Agatha pode não te chamar de mãe, mas ela não só te considera como uma, como te ama como mãe.

— Eu sei. – o abracei. — Mas você sabe que essa é uma situação delicada. Nós não podemos sair agindo sem pensar como se os sentimentos dela não fossem nada. Ela ainda é uma criança, não quero que ela se adapte a mim dessa forma e depois saia machucada. A última coisa que eu quero no mundo é machucar aquele bebê.

— Um bebê nem tão bebê assim. – ele resmunga indignado me fazendo rir. — Mas sim, eu entendo seu ponto. – me olhou e eu devolvi sua olhada profunda.

— Vamos, estou com fome. – me levantei e o puxei.

***

Já são seis da noite. Eu já estou QUASE pronta.

Por que? Porque eu estou com a crise do espelho. Estou me olhando as uns vinte minutos. Daqui a pouco o espelho cansa da minha cara e parte ao meio.

Decidi por fim vestir short preto de couro junto das minha típica meia calça preta rasgada. Uma blusa branca na altura dos joelhos que cobria o shorts e meu converse high preto.

Chega de surto interior!

Peguei minha bolsa e sai do quarto. Comecei a descer as escadas encontrando Miller, Ryan, Emilly e Agatha. Miller parou de falar com Ryan e me encarou. É agora que eu saio rolando por essa escada igual bola de futebol ambulante.

Peter Miller, desgraçado! Por que tem que ser tão gato?

— Estou pronta. – digo me aproximando de ambos.

— Peter, para de babar. Está caíndo no chão querido. – Emilly diz o provocando.

— Quem? – ele perguntou desnorteado. Não deixei de sorrir. — Vamos, vamos indo.

— Você está linda Sam. – Agatha me dando um sorriso doce.

— Você também, gatinha. – sorrio de volta.

— Vamos indo! – Emilly diz dando as mãos para Agatha e Ryan.

— Posso falar uma coisa? – Peter perguntou e se aproximou de mim.

— Fala.

— Você me ferra de todas as maneiras possíveis. – sua voz soa mais rouca que o normal e me causa arrepios por todo o corpo.

— Bom saber. – digo em seu ouvido. — Vamos? – lhe dei meu melhor sorriso e saímos.

O coração tá querendo pular fora do meu peito e gritar para o mundo todo ouvir que eu estou lascada!

SIMPLESMENTE SAMANTHA Onde histórias criam vida. Descubra agora