-Melhor final de semana de todos os tempos!- eu gritei animada e dando pulinhos enquanto caminhávamos até o carro.
-Pena que nossa vida voltará ao normal assim que pisarmos naquela casa.- ele disse, parecendo triste.
-Nós iremos sobreviver.- falei sorrindo pra ele e abrindo a porta do carro, ele fez o mesmo e nós pegamos a estrada.Calíope: Eu vou colocar o seu veneno em minhas veias
Dizem que o melhor amor é louco, sim
Vou acender o seu fogo até o meu último dia
Vou deixar os seus campos queimarem ao meu redor
Ao meu redorAustin: Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesseCalíope: Eu vou correr agora, dessa vez
Oh, meu amor é verdadeiro
Me diga, alguma coisa que eu não fariaOs dois: Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesse
Se fosse o que você quisesseNós cantávamos, ou melhor, gritavamos no carro, ao som de One Republic. Ele sorria pra mim e eu sorria pra ele, o sol estava brilhando e alcançando nossos rostos, o vento também aparecia por lá, deixando uma combinação perfeita, passamos por uma estrada cheia de árvores e de repente vimos uma cachoeira entre elas, paramos e tiramos fotos ali, sorrindo para o dia.
-Eu amo isso.- falei, enquanto colocava o cinto de volta e ligava o carro, tirando o mesmo do lugar.
-Só você?- falou sorrindo todo abobado.- Você não tem noção de o quanto eu estou grato a você por me dar o melhor fim de semana dos meus últimos anos, está simplesmente perfeito.- ele falou e pôs sua mão quente sobre a minha, que estava pairada no volante, olhei pra ele por 4 segundos e sorri feliz, depois voltei minha atenção para a estrada.Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas ultimamente, cada célula do meu corpo desejava Austin Martinez. Eu fiquei a viagem toda tentando desvendar esse mistério que havia dentro de mim, mas não quis tirar conclusões precipitadas. Eu só sei que, perto de Austin, era como se meu corpo entrasse em total combustão. Eu paralisava, gelava e meu estômago embrulhava. Era como se o resto do mundo virasse apenas um borrão e só existisse eu e ele ali, os únicos sobreviventes. Eu sinceramente não queria lidar com meus sentimentos. Afinal, sentimentos nunca foram meu forte. Nem lidar com eles. Prefiria não saber o que sinto, apenas viver cada momento como se eles estivessem escorrendo de minhas mãos e eu os fosse perder a todo e qualquer segundo.
Ao chegarmos em frente a minha casa, já estava escurecendo e as luzes estavam acesas. Fiquei com as mãos frias no volante, encarando a minha casa, com medo de ter minha vida de volta. Austin também estava encarando, parecia um pouco atônito. Respirei fundo deixando todo o ar sair dos meus pulmões, e fechei os olhos derrotada.
-Sabes que precisamos entrar.- falou baixinho.
Encarei os olhos de Austin, estavam brilhando, o que me fez dar um sorriso triste e fraco, por não poder simplesmente fazer do jeito que nós realmente queríamos.
-Então, não vamos adiar isso...- falei e lhe despejei um selinho em seus lábios quentes, saímos do carro e caminhamos até a casa, ele iria entrar pelos fundos e eu pela frente, carregando minha mochila nas costas e olhando para a grama verde, atravessei o jardim da casa e quando estava chegando a entrada, sinto alguém me puxando pela cintura, direto para a lateral da casa, escondidos. Antes que eu pudesse dizer algo, sinto lábios em minha boca. Eu conhecia aqueles lábios, doces, finos e macios. O beijo foi parando, a mão do dono dos lábios doces foi escorrendo por meu pescoço, até chegar em minhas bochechas, ele afastou o suficiente para me encarar bem nos olhos.
-Só achei que deveria te desejar boa noite.- falou Austin sorrindo o meu sorriso preferido.- Boa noite.- disse e despejou um beijo carinhoso em minha testa.
-Boa noite.- falei sorrindo fraco para ele, assim me afastei de Austin e corri para a porta de entrada da minha casa.Na sala estavam Mia e Amber, corri para me sentar ao lado delas.
-Amber, céus, que saudade.- falei, beijando ela e a abraçando. Claro, ela ficou me encarando com aquela expressão de confusão no seu rosto delicado.
Me afastei dela um pouco decepcionada e encarei o rosto triste de Mia.
-Oi... ela não se lembra de nada ainda, não é mesmo?- perguntei e ela balançou a cabeça de forma positiva.- Droga.- disse afogando meu rosto em minhas mãos.- Cadê papai e Alex?- perguntei novamente.
-Papai está no escritório, disse que queria ficar um pouco só, Alex foi na casa de um amigo, mas acabei de falar com ele e já está voltando.- falou e assim que ela se calou, Alex abriu a porta da entrada e seu corpo apareceu na sala, ele sorriu fraco para mim e depois veio até Amber e a abraçou.
-Ainda tá na mesma?- perguntou ele.
-Sim.- falou Mia, triste.
Os dois abaixaram a cabeça e encolheu os ombros, eu queria poder arrancar a dor deles e por ela em mim, mas isso é meio que impossível. Falei que estava indisposta e sai correndo daquela sala, tudo colaborava para eu ficar mal. Cheguei no meu quarto e joguei a mochila no canto da parede, abri meu notebook e fui checar meus email's.Mesmo tentando ter um momento de recreação, para me desvincular dos pensamentos que me levavam a Austin e eu, nada dava certo. Eu sempre voltava aos momentos na praia, sempre pensava em como seria se nós anunciarmos que a gente tem um "lance", e ao pensar nisso, eu voltava a pensar, qual era meu lance com Austin?
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A Filha de um Milionário
RandomE quem diria que uma esquina que eu cruzaria transformaria minha vida de uma maneira absurda.