Capítulo 29 - Chad?

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"A rainha tinha uma maneira de remover toda as dificuldades, grandes ou pequenas: Cortem lhe a cabeça."

- Alice no País das maravilhas.

- Põe essa última caixa ali. - falei para Austin, ele estava me ajudando com a mudança, quer dizer, ele e mais dois seguranças do meu pai.
Nós já tínhamos arrumado tudo, o meu quarto estava totalmente arrumado, as roupas já estavam no closet, os outros dois quartos também estavam organizados, os outros cômodos também, só a sala estava cheia de caixas em cima do sofá e da mesa de centro, estavam instalando Internet e TV por assinatura na minha plasma.

- Obrigado gente, vocês foram uma mão na roda hoje. - falei enquanto agradecia os seguranças ofegantes. Eles acenaram e eu lhes dei um trocado, então foram embora, Austin estava terminando de guardar uma caixa, e logo apareceu na sala.

- Já vou indo. - disse apontando para a porta.

- Tudo bem, vou ter que me acostumar com a solidão desse apê gigante. - falei respirando fundo com as mãos na cintura. Ele riu e me deu um abraço, meu corpo estremeceu com seu toque.
- Pode me visitar quando quiser. - falei sorrindo enquanto ele entrava no elevador, ele acenou e as portas se fecharam, agora era só eu e meu novo lar.

(...)

Na bagunça da minha sala de estar, achei o meu celular jogado no sofá e pedi uma pizza. Que depois de exatos 30 minutos chegou, metade calabresa e metade camarão. Dei uma gorjeta para o entregador e então fui em minha cozinha bagunçada e peguei um prato, garfo e faca, junto de um copo. Pus o refrigerante no copo e bem na hora que ia tomar a campainha tocou, tomei um susto deixando o refrigerante diet escorrer pela minha regata branca. Quem seria o infeliz atrás da porta? Primeiro dia meu aqui e o desgraçado dos vizinhos já vem querer fazer amizade? Unf. Abri a porta e fiquei paralisada ao ver quem era.
- Só queria saber se minha nova vizinha... - ele parou ao perceber que me conhecia. - Você não é Calíope Hall? - perguntou franzindo a testa.

-Sim sou eu, Chad. - sussurrei, ainda petrificada, engoli em seco. - Você queria o que me mesmo ? - perguntei lhe encarando, ele estava com um pote na mão.

- Só queria saber se a minha nova vizinha tem um pouco de açúcar para me emprestar. - disse dando um sorrisinho de canto de boca. Lhe dei espaço entre mim e a porta e ele entrou, encarando a minha bagunça.

- Mudança é uma coisa ordinária. - Comentou rindo, andei até a cozinha e peguei o açúcar e despejei em seu pote. Logo voltando para a sala e lhe entregando o seu recipiente.

- Mas me diz, como você pode estar aqui? - perguntei.- Simples, eu moro aqui. - ele disse com um sorriso sacana. - Quero dizer, não aqui aqui, mas ali, Ãnh... você me entendeu... - completou atrapalhado.

- Seu idiota, você me fez acreditar que aquele dia na balada seria um adeus. - eu disse rindo e lhe dando um soco no ombro, ele me abraçou.

- Ai, você bate muito forte para uma nanica. - disse fingindo estar machucado. - Eu gosto de surpreender. - ele falou piscando.

- Ok, já conseguiu seu açúcar, agora licença que eu preciso arrumar isso aqui antes de dormir. - falei lhe empurrando para a porta, ele era mais alto então deu trabalho. Abri a porta e o joguei para fora.

- Tem certeza que não quer uma mãozinha? - perguntou com um sorriso sacana nos lábios.

- Não Chad, não quero uma mãozinha. - falei fazendo aspas e enfatizando a palavra 'mãozinha', enquanto ele ria e se retirava do meu apartamento.

- A propósito, seu sutiã de onça é uma gracinha. - ele disse piscando mais uma vez, e sumindo para o canto direito, senti meu rosto ruborizar e encarei minha regata que estava totalmente transparente, mostrando sim o meu sutiã de onça. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, antes que a pizza esfriasse, pus uma roupa quente e fui comer enquanto via séries. E essa seria minha nova vida.


A Filha de um MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora