2-Alterada.

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As sete eu estava pronta.

Era sábado, então meu pai não ia voltar para casa (Isso me deixava mais tranquila, por que se ele chegasse, era uma vizinha quem ia está em casa e não eu.)

Eu estava com um vestido de renda laranja com um sapatilha preta, e meu cabelo solto com meus cachos naturais.

A maquiagem era básica uma sombra marrom, lápis de olho preto e um batom nude. Eu nunca saia de casa.

-Você tá um luxo, guria. -berrou a Camilla ao me ver.

Eu me vi ficando vermelha, não era todo dia que alguém me elogiava.

-Ah, obrigada.- respondi sem graça.

-Vem vamos logo, eu to loca pra chegar na festa. -ela disse me puxando belo braço, até a rua onde um carro marrom estava estacionado na frente da casa dela (ao lado da minha).
Encostado no carro tinha um garoto, ele era alto, pele café com leite (mais para leite), quando me aproximei percebi que os olhos dele eram pretos e o cabelo era loiro tingido (ridículo), tinha cara de sério.

-Roberto essa é a Sophia, minha vizinha. E Sophia, esse e o Roberto, meu Amor!- ela disse com a mão pousada no ombro dele.

Eu sorri e cumprimentei-o .

Entramos no carro e seguimos por uma estrada de barro até uma fazenda enorme com um nome bem brega: Recanto da alegria.

Ele buzinou e o portão abriu, eu olhei curiosa e acabei me assustando.

O lugar era enorme, tinha cerca de 300 pessoas (que eu conseguia enxergar). Havia uma casa de dois andares e uma piscina enorme.

Ele estacionou, e eu desci logo depois da Camilla, ela estava olhando curiosa como se estivesse procurando por alguém, quando veio em direção dela uma garota de cabelos loiros chanel, olhos claros e pele leite. Elas conversaram e a garota saiu correndo para a multidão de novo, a Camilla veio em minha direção, passou o braço no meu e me puxou para onde estavam todo, o Roberto foi na frente e depois sumiu.

Ela foi me puxando e a cada passo que dava tinha que parar e falar ''Iai Broder'', eu estava perdendo a paciência.

Depois que ela cumprimentou todo mundo que entrava na nossa frente, me levou para dentro da casa, lá era tudo bem arrumado (pelo menos a decoração) por que tinha uns 10 casais se agarrando e aquilo me deu arrepios, ainda bem que a Camilla me empurrou para a escada e me levou a um banheiro na segundo andar. Entramos e ela fechou a porta.

-O que estamos fazendo aqui? -perguntei.

-Vamos trocar de roupa para ir pra piscina ora bolas. -Ela respondeu pegando uma bolsa media atrás do box do banheiro.

Naquele instante eu comecei a tremer, eu nunca fiquei de short curto na frente de nenhum estranho, quanto mais de biquíni na frente de um monte de estranhos.

-Ma-ma-mais eu não trouxe roupa de banho. - gaguejei para ela.

-Não se preocupa, eu trouxe o bastante para nos duas. -ela respondeu.

Eu não tive o que fazer, tive que vestir, ainda bem que era um maiô preto, eu coloquei um roupão por cima, então deu para me esconder bastante.
Descemos as escadas , e era como se todo tivesse olhando pra mim.

-Olha, agora você vai ter que se enturmar com a galera, eu vou arrumar alguém para você dá uns amassos.

-Não, eu não quero dar uns amassos em ninguém. -respondi rapidamente.

-Tudo bem então, esquece o que eu disse.

Depois que ela olhou desconfiada para mim um garoto vestido de garçom se aproximou de onde estávamos e ofereceu uma bebida eu não aceitei mais Camilla pegou duas e depois olhou para o garoto.

-A moça aqui é novata no esquema traz algo para ela se soltar. -ela disse maliciosamente.

O garçom concordou com a cabeça e depois de alguns minutos trouxe para mim um pacotinho, dentro uma farinha branca e do lado um pedaço de papel enrolado em forma de circulo.

DROGA.

Eu sabia que mexer com droga não era legal, que esse era um caminho sem volta. Fiquei nervosa, minha mão começou a tremer mais do que estava.

-Toma! vai lá banheiro coloca isso no nariz, e a farinha em cima da tampa do vaso e cheira. você não quer ser feliz? Essa belezinha vai te fazer feliz rapidinho. -ela me entregou o pacotinho.

-E-e-e eu não posso, isso é droga é errad...

-Errado??? E dai? Ninguém se importa com a gente, ninguém se importa em fazer a gente feliz e é só hoje se você não gostar não precisa usar de novo. Isso que você chama de droga vai te fazer feliz, e nem é tão ruim assim. Agora vai.

Eu continuava tremendo, mas peguei o pacote e subi as escadas novamente, fui para o banheiro, fiz como ela falou e no momento que eu cheirei pela primeira vez tive vontade de tusir, mas logo a sensação doi de tranquidades, era como se eu não fosse aquela garota que estava passando tantos problemas em casa, na família. Eu me transformei em outra Sophia, eu estava feliz, e não consegui para de cheirar, até acabar.

[...]

Eu estava ótima, feliz e sem vergonha de ninguém. Tirei o roupão e fiquei apenas de maiô.

Quando sai do banheiro começou a tocar uma música eletrônica bem alto, corri para fora da casa e estava todo mundo dançando, e eu  não fiquei parada, corri ao encontro de Camilla do Roberto e de mais um garoto e comecei a dançar.

Camilla me puxou para uma área atrás da casa, o Roberto e o garoto também vinheram, lá a gente começou a conversar e dar risada.

-Rodolpho essa é a Sophia a minha vizinha, ela é nova nas nossas festinha, mais eu dei um ''pozinho'' pra ela e ela se soltou. -Ela falou dando risada.-E Sophia esse é o Rodolpho o dono da festa e o primo do Roberto.

Ele era alto, moreno,forte [tomava bomba]  olhos castanhos e cabelo preto e tinha cavanhaque.

-Eu e Róh vamos te deixar com ela um pouquinho Rodolpho. -ela disse voltando para a área da piscina.

Eu estava tão fora de mim que não esperei para conversar fui logo agarrando e só lembro do beijo e das mãos dele passeando pelo meu corpo.

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora