Uma Garota Escolhida.

6-Bem melhor.

Era quinta-feira por volta das 15h00min, eu estava passando na frente de uma casa muito chique no centro da cidade, quando uma domestica que estava tirando o lixo esbarou em mim, eu estava entregando currículo e minhas mãos estavam cheias de papel .

- Ah! Me desculpe eu estou distraída. – ela se desculpou se abaixando e me ajudando a pegar meus papeis, que com a batida eu soltei no chão.

-Ah! Não sem problemas, distrações acontecem. – eu respondi.

Ela estava pegando os papeis quando parou e olhou eles.

-Você esta procurando emprego?-ela me perguntou se levantando e me entregando os currículos.

-Sim estou, preciso trabalhar urgente. –respondi.

-Você trabalha em qualquer coisa?-

-Claro que sim, eu só preciso trabalhar- respondi.

-A sorte bateu na sua porta querida, estamos precisando de uma nova domestica a outra foi demitida porque pisou no pé da patroa, ela é uma pessoa difícil, aliais a família toda é.

Sorri.

-Então você pode pegar meu currículo, por favor, se for preciso eu lavo o chão com uma escova de dente, mas eu preciso trabalhar.

Ela sorriu levemente.

-Não é para tanto, vou ver o que posso fazer. Meu nome e Vanessa, muito prazer. -ela estendeu a mão para mim, eu apertei.

-Prazer o meu e Sophia, muito obrigada, aguardo o contato.

Despedi-me e fui embora, era fim de tarde eu andei uns 40 minutos, porque não tinha o dinheiro da passagem de ônibus, cheguei em casa abri a caixa de correio tinha algumas correspondência (aposto de mais contas), peguei tudo e fui para dentro de casa sente-me no colchão que estava na sala, tirei os sapatos e abri as correspondências, conta de luz de água, propagandas de mercados, matérias de construção, e...

Parei o ver um panfleto de igreja, era uma igreja famosa no bairro, perseguida também, todo mundo dizia que era igreja de ladrão porque só pedia dinheiro.

(nome da igreja)

Domingo da santa ceia do senhor

Ás 7:00h, 10:00h e 18:00h.

Escreva seu pedido abaixo.

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Porque aquele folheto mexeu tanto comigo?

Balancei a cabeça, amacei o folheto e joguei na sala vazia. Fui para cozinha procurar algo para comer, abri a geladeira parecia um copo só tinha água, abri uma caixa ande guardava meus mantimentos, tinha um pacote de bolacha doce aberto, peguei ele. Era só o que tinha. Fui para o colchão que puxei para o meu quarto, e me deitei, peguei meu celular (que ainda não tinha sido vendido para comprar Drogas, porque se tinha uma coisa que eu era apegada era ao meu celular.), coloquei ele para carregar, e fiquei lá comendo, depois levantei tomei água, e fui tomar banho, vesti uma roupa qualquer,  e fui tentar dormir. Mas não consegui, quando eu apaguei a luz me deitei e fechei os olhos, o medo de sempre  chegou, as minhas noites se assemelhavam a uma prisão  escura e perturbadora. Eu estava apavorada!

O quarto estava um pouco claro, devido a luz da rua que vinha da janela, mas isso não ajudou.

Levantei da cama chorando, acendi a luz,  corri para fora de casa, fui pra biqueira.

-Bruno, preciso de pedra. –falei pro ''vendedor'', que eu conhecia das festas.

-Tem dinheiro?

-Não, mas eu faço qualquer coisa que você pedir. Preciso dormir. –Respondi coçando a cabeça.

-Qualquer coisa néh?! Você que disse. –ele olhou para mim. – Ta vendo aquela moça no ponto de taxi? –Ele apontou para uma moça morena que estava sentada em uma cobertura de ponto de taxi.

-Tó.

-Então, é só você me trazer o celular que ela esta segurando que eu te dou 5 pedras.

Respirei fundo, eu não queria fazer isso a moça não tinha nada haver com minha necessidade de droga para dormir, mas que saber? Eu não to nem ai, eu preciso e alias ela trabalha, poderá muito bem comprar outro, e eu não vou matar ela. É so o celular.

-Beleza! Passa as ferramentas (uma gíria que os drogados usam pra arma e aquela mascara preta de assalto).

Ele pegou uma sacola vermelha e me entregou, peguei o que tinha dentro, vesti a mascara conferi a munição da arma e caminhei tremendo.

Cheguei por trás da moça.

-Colabora que ninguém vai sair ferido. –berrei apontando a arma para ela.

-Por favor, não, não. -A voz da moça era de medo.

-Passa o celular eu só quero o celular, passa.- gritei novamente.

Eu olhava profundamente nos olhos dela, eram pretos como a noite.

Ela me entregou e saiu correndo.

Eu corri novamente pra biqueira, tirei a mascara e coloquei-a junto com a arma na sacola.

-Aqui, passa as pedras. –disse entregando o celular para Bruno tentando fica firme mais não adiantou.

-Muito bem Sophia, ótimo trabalho, aqui, faça bom proveito e volte sempre. –ele realmente parecia feliz enquanto me parabenizava, eu não estava nem um pouco, arranquei as ''pedras'' da mão dele, estava indo embora mas ele segurou meu braço.

-Vai ter uma festa, Sábado de um camarada meu tá a fim de ir?

-Talvez, te dou a resposta amanha beleza?

-Beleza. –ele respondeu soltando meu braço.

Fui para casa, e depois te der ''consumido'' todas as pedras de crack, consigo finalmente dormir.

    *

Oiii gente! esse foi o capitulo 6, espero que tenham gostado.

Não esqueçam de comentar e de votar.

Obrigada por tudo.

Cap. não revisado.