13- Se enturmando

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Ao entrar na cozinha da mansão Wolder-breety, me deparo com Vanessa em cima de uma escada de metal preta, revirando uma parte do armário da cozinha.

-Oi Vanessa. -indaguei a fazendo levar um grande susto e se desequilibra na escada.

-Ah... Oi Sophia!-ela disse me olhando. -Seu uniforme está no armário e melhor você se apresar, pois o dia hoje vai ser cheio.

-Como assim cheio? -perguntei me aproximando dela.

-Na quarta feira haverá um jantar com uns sócios do Dr. Victor, coisa chique, então vamos ter trabalhar bastante, hoje se inicia os preparativos. - ela desceu da escada e a levou até um canto da lavanderia. Segui-a.

-Eu acho que você vai ter que cozinha aquelas comidas frescas. -ela se virou e me encarrou. -Você está bem?

-Estou sim. -dei um sorriso forçado sem entender o porquê ela me fez essa pergunta.

-Você parece triste, seus olhos estão cansados. -ela disse analisando cada parte dos meus olhos azuis.

-Não é nada, só não dormi bem essa noite. -me virei para a parede que continha quatro armários cinza numerados, pareciam velhos e ao mesmo tempo bem cuidados.

-O seu é o número três. -Vanessa parou ao meu lado e estendeu-me uma pequena chave prateada. Peguei-a e abri a pequena porta enferrujada, coloquei minha sacola plástica dentro (a que continha meus documentos) e fechei-a novamente assim que peguei meu uniforme.

-Vou me trocar. -sorri e entrei no pequeno banheiro dos empregados. Vesti-me e olhei-me no espelho, se eu tivesse tido a oportunidade de ver meus olhos antes não haveria estranhado a pergunta da Vanessa, meus olhos estavam cheios de olheiras que me faziam ter aparência de uma mulher de 30 anos, enquanto eu tinha apenas 18. A cada dia que se passava eles mudavam, ficavam mais escuros e pesados. Uma batida na porta me fez derrubar o recipiente de sabonete liquido verde que estava em cima da pia.

Apanhei-o e coloquei-o novamente no seu devido lugar abri a porta de vagar. Deparei-me com um senhor já de idade aproximadamente 47 anos, ele era alto e vestia terno, a principio achei que ele fosse um dos patrões, mais assim que eu ele me viu sorrio envergonhado.

-Me desculpe não sabia que tinha gente. -falou me olhando.

-Tudo bem. -falei saindo do banheiro, fui até meu armário (eu estava me achando porque finalmente havia algo para chamar de meu que eu não corria o risco de vender.) e coloquei minha roupa, caminhei até a cozinha e ao entrar quase esbarro em D. Estefânia.

-Perdão senhora. -falei baixo.

-Estou distraída. -ela sorriu fraco e depois voltou a postura ''durona'' de sempre. -Haverá uma reunião com os funcionários fixos em instantes se acomode.

Assenti e fui para o lado de Vanessa, os poucos mais alguns funcionários foram chegando. O senhor do banheiro, outro senhor mais jovem, duas mulheres e 6 seguranças. (parecia isso, estavam com rádios pendurados no ombro direito eram altos e sérios).

-Bom - começou D Estefânia. -Daqui a dois dias teremos um jantar com empresários renomadíssimos, o Buffet já está alugado à decoração também e tudo mais o que vamos precisar. Porém os empregados fixos que são vocês- ela gesticulou para a cozinha. - terão que estar preparadíssimos para esse dia. Uniformes perfeitamente bem vestidos e limpos, postura e elegância são necessárias. O jantar terá aproximadamente 205 pessoas, como já mencionei a decoração se encarregara de deixar tudo organizado, mais o servimento de bebidas e petiscos vocês e mais alguns garçons ficaram encarregados. - D. Estefânia apontou para mim e para Vanessa que estávamos à frente de todos com as mãos postas à frente do corpo, coluna reta e cabelos com um coque alto e preso por uma pequena rede com um laço vermelho. (para combinar com o restante do uniforme). Assentimos e ela continuou a falar sobre como ocorreria à segurança da casa na noite ''tão chique''.

Senti um enjoou muito forte depende, dei um passo para trás e encarrei o chão depois fechei os olhos e a horrível sensação não passou então corri ao mesmo banheiro que havia trocado meu uniforme, vomitei ao ponto de minha garganta e meu estômago chegarem a doer.

-Você está bem? - Vanessa apoiou sua mão sobre meu ombro senti uma eletricidade, meu corpo tremeu.

Sentei-me no vaso e respirei como se estivesse embaixo da água por muito tempo, senti o oxigênio puro encher meus pulmões.

-Estou. -respondi ligando a torneira e jogando água no vomito que desceu ralo abaixo.

A ressaca. Eu sempre passava dois dias vomitando por conta das drogas e bebidas.

-Você está pálida. - disse passando a mão molhada em meu rosto.

-Eu acho que comi algo que não me fez bem. -menti.

-Aconteceu alguma coisa seria aqui? -D. Estefânia apareceu na porta do banheiro.

-Não senhora. -Vanessa respondeu. -Ela apenas vomitou por que comeu algo que não lhe fez bem.

D. Estefânia assentiu.

-Recupere-se, e se não tiver se sentindo bem não precisa voltar a trabalhar - ela se virou em direção à cozinha. -Não passe vergonha na frente de seus patrões no segundo dia de trabalho, isso não lhe cairá bem.

-Por que ela é tão chata? -perguntei.

-Ela é apenas durona de mais. -Vanessa me ajudou a levantar. -Não se preocupe você se acostuma rápido.

Voltamos à cozinha onde todos os funcionários ainda estavam, passei sorrindo por todos.

-Você é a nova domestica? - o senhor do banheiro me perguntou tomando um gole de água.

-Sim. -respondi sem graça. -Comecei a trabalhar hoje e estou muito honrada em está aqui...

-Não precisa ser tão formal Sophia a D. Estefânia já foi embora. -Vanessa disse e todos os presentes começaram a sorrir.

-Tudo bem. - falei. -Sou Sophia Alter, e muito bom poder trabalhar aqui, por que o país está em crise e sem dinheiro ninguém vive.

Eles sorriram novamente concordando comigo.

-Deixa eu te apresentar os funcionários daqui. -Vanessa caminhou parrando ao lado do senhor do banheiro (esse nome virou apelido). - Esse é José Francisco, mais conhecido como Zé.

Ele sorriu, e Vanessa continuou.

-Esse é o Geraldo, o jardineiro, trabalha na casa há 12 anos. -o senhor sorriu fazendo uma reverencia e tirando o chapel de palha da cabeça.

-Esses são Luís, Bernardo, Otávio, Mauro, Mauricio e Eliel. -ela completou colocando a mão no ombro de cada um dos homens altos que pela primeira vez sorriram. - Os seguranças dá casa. E para finalizar - ela parou na frente das duas mulheres. -Essas são Cláudia e Ivete, elas ajudam aqui na cozinha, mas cuidam mais da limpeza. As mulheres (uma loira de olhos claros e a outra de pela negra e olhos claros) se aproximaram e de deram dois beijos cada qual em uma bochecha.

-Agora que todos se conhecem, voltem ao trabalho. - D. Estefânia retornou a cozinha e todos ficaram em silêncio seguindo suas ordens. Rapidamente a cozinha ficou vazia novamente.

-O chã da D. Lavínia, Não demore a servir. - D. Estefânia falou para Vanessa, assim que ela sumiu novamente me virei para Vanessa que já estava mexendo nas panelas dentro do armário.

-Todos os dias ela toma chã? -perguntei.

-Sim, e dessa vez você também vai levar, já tive que aturar muito ela durante seis anos, agora é sua vez. -sorrimos. -Venha vou te mostrar como se prepara o chã de hortelã e mel.

Aproximei-me e ela me ensinou como fazer aquele chã fresco. (é mais difícil do que se pensa, acredite.)

*

Oi meus LOVES!

Sei que o cap está pequeno mais estou caprichando nos próximos.

Espero que gostem.

Votem e cometem.

Amuhh vocês.


Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora