36-Compromisso.

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Cheguei em casa aproximadamente aos meio-dia. Respirei fundo, e me joguei no sofá, não aguentava mais aquela cama de hospital, tudo que eu queria era nunca mais precisar deitar em uma.

Eu o Bruno e o Sr. Jefferson havíamos combinado tudo em relação a minha ida a igreja, eu não estava nem m pouco a fim de desistir. Eu queria ir!

Encarrei o teto por longos minutos quando uma batida na porta me fez pular e sair correndo para abri-la. Era a Vanessa, ela disse que passaria aqui para conversar comigo.

-Oi! –falei me jogando nos braços dela, para um abraço apertado.

-Oie! –respondeu e me soltou. –Quem bom que está tudo bem com você.

-É... Sinto-me muito bem por estar de volta a minha casinha. Vem entra. –falei abrindo espaço entre mim e ela, para que pudesse passar e entrar em casa. Assim ela fez.

-Então, pensou na minha proposta? –perguntar sem rodeios.

Abri um sorriso largo.

-O Sr. Jefferson também é da sua igreja, eu vou com ele e com o Bruno no culto hoje a noite. –respondi e um sorriso se formou no rosto dela.

-Você não sabe como eu orei para que esse dia chegasse.

-Eu preciso de paz, e lá foi o único lugar no mundo, em que eu a tive de verdade. –falei e me sentei no sofá ao lado dela. Fiquei pensativa por um momento. –Vanessa? Como eu falo com DEUS?

Perguntei sem encará-la.

-Do seu jeito, DEUS não quer saber de palavras bonitas ou repetitivas ele quer que você verdadeiramente fale o que está se passando aqui dentro. –ela respondeu e tocou meu peito em direção ao meu coração. –Ele que sinceridade nas suas palavras.

Sorri.

-É tão fácil assim? –perguntei.

Ela assentiu e me puxou para um abraço.

-Você é minha segunda filha. –falou e eu a abracei mais forte.

-E você é a mãe que eu não tenho mais. –falei e senti as lágrimas invadindo meu rosto. Não me segurei, e deixei que elas rolassem no meu rosto.

*

Entrei no banheiro para um banho assim que a Vanessa saiu. Passamos a tarde inteira juntas, ela me ajudou como almoço e colocamos a conversa em dia. Ela me contou que tinha uma filha de 19 anos que também era da igreja.

Qualquer pessoa que tivesse a Vanessa como mãe, tinha muita sorte. Ela foi incrível desde o momento que eu a conheci.

Não demorei muito com o banho, pois já era 17h12min. Lavei meus cabelos para tirar aquele cheiro de mofo, e me enrolei na toalha. Sai do banheiro rumo ao meu quarto. E lá fiquei em duvida se deveria usar uma calça ao um vestido. No culto dos jovens eu havia ido com uma calça e uma blusa, e ninguém me olhou de cara feia, pelo contrario, a Obreira que ministrou a reunião também usava calça e uma camiseta. Escolhi uma calça de malha verde claro e uma blusa de manga preta, pente meus cabelos e fiquei por um longo momento me encarrando no espelho. Parte de mim se perguntava se eu seria perdoada, e outra parte lembrava sucessivamente do que a Vanessa havia me falado: Deus não quer palavras bonitas [...] Ele quer sinceridade.

Uma lembrança surgiu na minha mente de repente: Assim que acordei no dia seguinte da festa na casa de praia do Bruno, eu havia ligado a TV e tinha caído no canal da igreja. Havia uma mulher falando sobre a vida antes de conhecer JESUS. Ela disse:

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora