19 -Eu esqueci.

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Assim que paramos de nos beijar eu realmente me senti completa, era o Bruno que faltava. Acho que passei tanto tempo sem ser amada que estava confundindo as coisas, eu não precisa de DEUS, eu precisava do Bruno. Tudo bem, eu fiquei muito feliz por que DEUS me tocou e blá, blá, blá, mais ele tem muitas outras pessoas para se preocupar, eu não vou perder o Bruno, ele jamais iria aceitar que eu participe de alguma igreja. Então eu vou esquecer que um dia fui naquela igreja, e focar somente no Bruno.

Só ele importa nesse momento.

-Não devia ter demorado tanto tempo assim para me pedir em namoro. –falei.

-Eu queria te conquistar aos poucos. -ele respondeu. –Agora vamos curtir a noite.

Assenti e saímos, peguei uma bebida na bandeja de um garçom enquanto o Bruno ia até um DJ e mandava-o tocar alguma música. A festa estava parada de mais, então tive uma ideia, juntei algumas meninas que eu conhecia, e outras que eu nunca havia visto e começamos a dançar no meio do jardim. Com movimentos ousados e vulgares. Aos poucos mais pessoas (homens e mulheres) se juntaram a nos e começaram a dançaram. Continuei a tomar bebidas alcoólicas, meu fígado pedia socorro e eu o matava cada dia mais, me afundei tão profundamente no submundo do álcool que não sabia mais o que era viver sem álcool no meu estomago.

Minutos se passaram e eu ainda continuava dançando, a essa altura por um milagre eu ainda não estava bêbada, e ainda não tinha usado droga, o Bruno veio dançar comigo e lá ficamos... diversas músicas tocaram e em todas eu dançava mais...

Quando fiquei com sede de água sai do meio da multidão e caminhei até a cozinha, me apoiei nas paredes e nos moveis para chegar lá... Quando cheguei havia um rapaz de costas remexendo na geladeira. Não me importe com a presença dele, peguei um copo e coloquei-o no filtro para encher de água, o garoto se virou para mim e eu tive um susto ao ver quem era. O Rodolpho, isso mesmo, o mesmo garoto que eu fiquei na primeira festa que fui. O primo do ex-namorado da Camilla. Eu fiquei parada encarrando ele perplexa, só desviei meu olhar quando o copo encheu e a água começou a cair na minha mão, tentei disfarçar meu espanto. Limpei a água com um pano e tomei agua de costas para ele, coloquei o copo na pia e voltei para fora. O Bruno me olhou confuso assim que me viu saindo de dentro da casa tão rápido.

-Você está bem? –perguntou assim que me sentei ao seu lado na mesa de jardim.

-Estou. –respondi sorrindo.

Olhei para a porta da casa e o Rodolpho estava vindo na direção da mesa. Voltei a encarrar a mesa cheia de homens, eu estava em um momento bem constrangedor apenas eu de mulher no meio de nove caras.

-Iai rapaziada. –ele falou se sentando ao lado de um homem.

-Iai mermão. –O Bruno gritou apertando a mão do Rodolpho. -Achei que tu nem ia vim mais.

Eu virei à cara e evitei contato com ele. Eu sei que estou sendo chata mais eu não quero lembrar aquela noite, minha vida desceu de ladeira a baixo como um carro sem freio depois dela. Sei que tenho uma vida movida a festas, mais só porque tenho não significa que eu gosto de viver assim, se eu pudesse voltar no tempo e fazer tudo diferente eu faria mais não posso, quem me dera, eu nunca jamais aceitaria o convite da Camila, jamais deixaria meus pais entrarem naquele carro, eu iria fazer tudo diferente. Mais já que não posso voltar no tempo e melhor me conformar.

Sai da mesa sem olhar para trás fui procurar a Camilla, ela pelo menos me entende.

-O Bruno precisa liberar o late, quero nadar. –ela berra assim que me vê, ela esta totalmente bêbada. O que é uma verdadeira surpresa, a maioria das vezes eu que fica bêbada primeiro.

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora