31- Desconhecido.

2.2K 212 11
                                    

 Sobre esse capitulo: O_o ...

Maratona 3-5.

***

Abri meus olhos ainda sentindo a dor forte na cabeça, eu estava esperando um lugar iluminado, e a Camilla ao meu lado, mais eu estava em um lugar totalmente diferente, muito escuro e fedido, minhas costas doíam e eu percebi que estava no chão, minhas mãos amarradas juntamente com os meus pés. Quando voltei realmente ao meu sentindo, e abri os olhos de verdade me recordei de todo o acontecimento: Um assalto, uma coronhada na cabeça. Onde eu estava? Quem me trouxe até aqui? Cadê a Milla? Por que aquele assaltante me bateu, sendo que eu não demostrei nenhuma ameaça? Eram perguntas que eu me fazia repetidamente. Tentei me desamarrar mais foi em vão a corda estava tão apertada que eu senti meus pulso sendo rasgados, então para evitar mais dor, parei de me debater. Minha garganta estava seca, e eu tive que engolir saliva para tentar amenizar a sede. Se eu chamasse por alguém. Quem quer que tivesse me trazido ali, iria escutar então era melhor que eu me calasse e tentasse arranjar uma forma de sair dali o quanto antes. Estudei o espaço: Grande, molhado, feio, frio e com apenas uma pequena janela no teto que disponibilizava uma luz fraca. Perdi as esperanças assim que percebi que não tinha como sair dali, eu sequer enxergava a porta. O que será que ia acontecer? Eu estava louca por respostas e ao mesmo tempo com receio de tê-las.

Depois de não sei quanto tempo, escutei um ranger alto que algo muito pesado sendo arrastado pelo chão de cimento.

Fiquei imóvel tentando descobrir de onde vinha o som, mais não foi preciso, um rapaz alto vestindo a mesma mascara entrou e caminhou até o meu lado se agachando logo depois de me olhar. Eu tremi quando ele tocou meu braço com as pontas dos dedos.

-Nossa garota... Como você é frienta. –disse com uma voz alta demais, que ecoou pelo lugar.

-Quem é você? –perguntei baixo.

Ele deu novamente a mesma gargalhada.

-Você realmente espera que eu conte? Esta perdendo o seu tempo. –respondeu se levantando.

O observei entrar em uma porta estreita bem ao meu lado (como eu não tinha visto ela?), e depois sair com aqueles cobertores cinza de presidiários. Colocou ele sobre os meus ombros, e me encarrou por um longo tempo.

-Tá com fome? –perguntou.

-Jura que você precisa perguntar?- disse seca. –Estou morrendo de fome e sede.

-Esquentadinha, vou pegar algo para você comer e beber. –disse e novamente se levantou. –Não tente fugir, você tem mais sete caras de vigiando. Seria inútil e eu não ia me agradar nenhum pouco. -disse para depois sair.

Fiquei olhando ao redor, me perguntando onde os SETE outros caras estariam. Aqui dentro era impossível, a menos que eles estivessem mortos, o lugar era tão silencioso que até minha respiração soava alta de mais.

O senhor mascarado voltou com uns potes na mão o que pareceu uma eternidade depois, mais meu celebro disse que só havia, no máximo, se passado 5 minutos.

-Não espere uma refeição cinco estrelas. –me advertiu usando um tom de voz mais baixo. Procurei na minha mente alguma familiaridade nela, e encontrei uma pequena, mais não consegui descobrir de quem era aquela voz.

Não respondi.

-Eu vou te desamarrar para que você coma, mais não tente fugir. Já disse que seria em vão. –falou e depois se esquivou para trás de mim, e soltou a corda dos meus pulsos. O trouxe para frente e fiz uma pequena massagem neles, que estavam inchados e vermelhos. Depois foi a vez dele desamar meus pés, que também estavam doendo. Livre das cordas, tomei sem pausa água na garrafa de plástico que o senhor mascarado me entregou, nunca percebi o quanto água era boa. Saciada minha sede comecei a beliscar o lanche que ele havia me trazido. Mais aquilo estava me incomodando, como eu iria saber que ele não havia colocado nenhum veneno naquela comida? Como a fome estava maior, não me importei muito com esse assunto.

-Você não vai mesmo, tirar essa mascara?

-Não. Você não precisa saber meu rosto por enquanto. –disse alto.

-O que você quer? Dinheiro? Não vai rolar acabei de me demitir e estou lisa.

-Não quero dinheiro, eu quero você.

-Eu?- perguntei assustada e surpresa.

Ele levou as mãos até o rosto e tirou a mascara no jeito mais rápido e discreto possível. Meu queixo caiu.

-Eu disse que você ia ser minha, não disse Sophia?

Não acredito nisso, como ele... Minha cabeça começou a rodar, eu estava tão... Confusa.

-Por que você fez isso? –perguntei me afastando com cara de nojo.

-Por que eu cumpro minha promessa. -disse irônico.

-Você é diabólico, um menino mimado que não sabe perder. -falei alto.

-Você não devia falar isso, sabe o que posso fazer, não sabe?

-Eu não me importo em morrer. –falei seca.

Claro que eu me importo, mais não podia demostrar medo.

–Não faria mal a você, mais ao Bruno, e a aquela sua amiga a Camilla.

Eu gelei, meu coração começou a bater mais forte, ele nã faria mal a eles, faria?

-Não esqueça que a Camilla, também é SUA amiga. Alias foi ela que nos apresentou. Esqueceu seu idiota?

-Não. Sophia não esqueci, me lembro perfeitamente daquela noite. –disse com um tom sarcástico.

Eu respirei fundo. Meu corpo se contorceu só de pensar que eu havia beijado aquela boca.

-O que você vai fazer comigo? –perguntei.

-Nós vamos para fora do País. –ele disse como se o assunto fosse algo de menos importância.

-Rodolpho, agora você me provou que é louco. Eu não vou para lugar nenhum com você. –falei.

-Ah vai sim... Ou prefere que os seu namorado pague com a vida a sua teimosia.

Fiquei seria novamente, a tensão estava presente no meu rosto, eu podia sentir isso. Não pensei duas vezes dei uma tapa no rosto dele, tão forte que minha mão ardeu. Eu precisava descontar minha raiva em alguma coisa e o rosto dele era o que mais me atraia.

-QUEM VOCÊ PENSA QUE É? SEU IDIOTA, VOCÊ ACHA MESMO QUE PODE ME METER MEDO? VOCÊ É UM MERDA, QUE NUNCA TEVE UMA MULHER NA VIDA E PRECISA SEQUESTRAR UMA. POR QUE É TÃO PODRE QUE NENHUMA MULHER SE QUER UM DIA NA VIDA TE AMOU. EU TENHO PENA DE VOCÊ. –gritei o mais alto que podia, e me levantei. Não tinha para onde ir mais queria sair de perto dele que continuava com o rosto virado, e sem dizer uma palavra se levantou e correu até minha direção, me deu um soco no nariz e no mesmo instante eu sabia que ia sair sangue.

-Eu posso ser um merda, mais nenhuma mulher bate em mim. –disse mais calmo do que eu imaginava. E depois saiu, eu sequei o nariz com a blusa e me deitei sobre alguns papelões que haviam no canto. Meu nariz doía tanto que eu quase gritei. Eu estava sozinha, e com muito medo do que estava por vim.


Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora