44- Aceita?

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Duas horas depois estávamos caminhando na praia, a câmera em minhas mãos fotografavam tudo. A Lua estava no céu, lá encima, iluminando tudo. Estávamos distante demais, do restante das pessoas, então eu falei:

-Por que estamos indo tão longe?

-Surpresa. –o Bruno respondeu com um sorriso no rosto.

- A surpresa é tão longe assim? –perguntei encarrando ele.

-Fica xiu! Já esta chegando. – brincou, e me beijou na bochecha.

Resmunguei, mas evitei perguntas. Andamos por mais um tempinho e paramos bruscamente quando eu vi um ponto iluminado no chão, no meio de duas rochas. Estreitei os olhos.

Havia um pano espalhado no chão e uma cesta de piquenique ao lado, algumas luzes vermelhas e brancas iluminavam ao redor.

Olhei para o Bruno com um sorriso enorme e com a testa franzida.

-Surpresa. –cantarolou também sorrindo.

Fiquei parada observando, até que ele me puxou para mais perto. Meu estomago roncou, só de imaginar aquelas guloseimas descendo por minha garganta, desde que saímos do hotel não tinha comido nada.

-Achei que podíamos terminar nossa noite de um jeito especial. –ele disse se sentando ao meu lado. Colocou um prato de bolinhos recheados em minha frente e eu peguei o maior (estava com fome).

Ficamos incontáveis minutos conversando, e comendo, estava agasalhada por isso não senti frio algum. O vento balançava meus cabelos, e a Lua agora, brilhava mais...

Quando não encontrei mais onde colocar comida, o Bruno me levantou e me levou para trás de umas das rochas, porém dessa vez ele me fez prometer que só abriria os olhos quando ele mandasse. Fechei os olhos e segui seu comando, meus pés arrastavam-se na areia à medida que ele me puxava mais.

-Posso abrir? –perguntei quando ele parou.

Escutei um barulho de eletricidade e depois ele disse:

-Pode.

Abri os olhos, e antes que eu pudesse me virar para ver de onde vinha a claridade vermelha. O Bruno me segurou pelo braço, e me fez olhar diretamente para ele.

-Depois você vira. –sussurrou. –Eu tenho que te falar uma coisa.

Ergui a sobrancelha rapidamente e depois abaixei quando ele pegou minhas duas mãos, passou a língua entre os dentes e começou a falar.

-Sophia, desde o momento em que te conheci eu vi que era especial, eu senti algo por você, algo que eu não conseguia saber o que era. Desde então, você se tonou uma parte grande de mim. DEUS me presenteou com você, no inicio eu não intendi isso. Você foi um instrumento, mesmo que sem saber, para que mudasse a forma de ver o mundo. Assim que começamos a namorar eu senti que havia jeito para a minha vida, que apesar de tudo que eu tinha feito havia alguém que me amava, você.- ele disse.

As lágrimas já estavam a caminho, e eu não ia segura-las quando chegassem.

-Você me fez ver, que eu podia sim amar uma mulher, que vocês são preciosas e merecem ser amadas. Você me fez e me faz feliz a cada dia, você é a mulher que eu quero para sempre ao meu lado, eu quero ver sua primeira ruga, seu primeiro cabelo branco, eu quero viver todos os momentos, felizes e tristes, ao seu lado. Eu quero você como a mãe dos meus filhos, a minha esposa a minha auxiliadora, eu quero que sejamos um só corpo. Que apenas a morte venha nos separar. Cada dia que se passa, eu tenho a certeza que fomos feito um para o outro... – ele fez uma pausa. (eu já estava alagando o mundo a essa altura). – Você é, abaixo de DEUS, tudo que eu preciso. Eu quero te fazer a mulher mais feliz do mundo, Por esse motivo, eu planejei essa viajem, eu planejei esse passeios e todo o resto. Por esse motivo eu quero te fazer uma pergunta... -ele me virou e me fez encarrar a ''luz'' vermelha.

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora