14-Mais uma vez chamada.

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Capitulo não revisado.

*

Quando acabei de preparar o chã, coloquei ele na chaleira de porcelana branca e arrumei a bandeja, com a ajuda de Vanessa, Subi a escadaria, e bati na porta da quarto da D. Lavínia, ela estava em um canto com uma pasta verde no rosto e pantufas brancas.

-Entre. –disse seca.

-Com licença, senhorita. –Entre no quarto e deixei a bandeja na mesma mesinha de sexta-feira. –Precisa de algo?

-Preciso, eu preciso de um marido que fique em casa comigo e me dê atenção. – disse amaçando um travesseiro, o seu dom de voz era de raiva.

Fiquei em silêncio de cabeça baixa.

-Prepare para mim uma comida relaxante, não me perturbe até a hora do almoço. –D. Lavínia falou arrogante.

Curvei-me e sai do quarto, enquanto descia a enorme escadaria de volta a cozinha, encontrei o filho dos Wolder-breety subindo com enormes sacolas (parecia uma mulher quando ia fazer compras) controlei o sorriso.

-O senhor precisa de ajuda? –perguntei baixou, ele me olhou por cima de algumas caixas.

-Ah, por favor. -respondeu e me entregou algumas das sacolas. –Vamos levar para o quarto da minha mãe.

-Senhor, a D. Lavínia disse que não queria ser incomodada. – falei apontando a porta do seu quarto com a cabeça.

-Minha mãe está bem? –perguntou preocupado.

-Creio que sim, apenas pediu para que ninguém a incomodasse.

Ele balançou a cabeça e subiu as escadas até para no começo do corredor.

-Vamos levar essas compras até o meu quarto, me acompanhe. –ele me instruiu, caminhei com as sacolas até a porta direita no meio do corredor iluminado, ele abriu-a e jogou sem cuidado as sacolas de lado. Fiquei parada na porta esperando alguma ordem. –Entre, coloque essas tralhas aqui do lado.

Assim fiz, coloquei com cuidado as sacolas no canto e não me atrevi a olhar para nada.

-Precisa de algo? –perguntei.

-De um sanduiche com suco de Graviola, prepare e traga para mim. –ele me olhou, e desviei os olhos encarrando o chão novamente. –Não demore, agora pode se retirar.

Assenti e desci até a cozinha, encontrei D. Estefânia dando ordens sobre o almoço e sobre a limpeza da casa.

-Por que demorou? – D. Estefânia perguntou com a mão na cintura.

-Levei o chã da D. Lavínia e o senhor Felipe me pediu que eu ajudasse com algumas sacolas. -respondi.

Ela murmurou algo baixo, e depois encarrou Vanessa.

-Passe as instruções para ela. –disse seca, e depois saiu da cozinha.

Olhei Vanessa que sorria para mim.

-O que foi? –perguntei.

-Nada, é que você... É tão... Preocupada com as coisas, em sempre dar as respostas certas.

Sorri fraco.

-Seus pais devem ter orgulho de você. –falou e se virou para o fogão.

Eu congelei com aquelas palavras, meus olhos arderam e eu tive que me encostar na parede para não cair, meses já haviam se passado desde do acidente mais esse assunto ainda mexia muito comigo. Vanessa viu minha reação.

-Sophia, você está bem? –perguntou se aproximando.

-Se meus pais ao menos ainda tivessem vivos... Até poderiam se orgulhar de mim. –Lágrimas invadiram meu rosto.

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora