43- Surpresas.

2.1K 193 14
                                    


Acordei no dia seguinte quando a porta do quarto se fechou, elevei meus olhos para a cama do Bruno, e ele não estava lá, mas havia um pedaço de papel em cima do travesseiro. Levantei-me rapidamente e o peguei em mãos.

Voltou logo, fui acertar umas coisas

do passeio na praia.

Bruno.

Amacei o papel e fui para o banheiro, onde me arrumei e fiz uma oração rápida, fiquei esperando o Bruno retornar, na janela, olhando para baixo.

Os carros, as pessoas, os ônibus, as motos. E impressionante como a vida passa em um piscar de olhos. Ano passado, eu tinha meus pais, minha família, mas não tinha paz, nem DEUS, e nem o Bruno. Hoje eu não me imagino com os meus pais, ainda dói, ainda sinto saudades deles, é uma ferida que mesmo cicatrizada ainda doera. Porém hoje eu também não imagino minha vida sem DEUS, sem o Bruno. Não sou mais a menina de 18 anos que perdeu os pais e se entregou ao mundo, eu amadureci, cresci. Recebi vários tapas na cara do mundo para acordar e ver que DEUS não havia me criado para uma vida de sofrimento, uma vida errada. DEUS fez as coisas perfeitas, porém o ser humano acha que é dono do próprio nariz e vive sua vida sem a direção do Espirito Santo. A vida passa muito rápido, hoje somos um, estamos vivos. Amanha, somos outro e podemos não existir mais, entretanto a alma existira eternamente, e quando você morrer para onde vai a sua? Não responda, apenas pense, analise e se for preciso se concerte. Não condene sua eternidade por algo passageiro.

Voltei ao ''mundo real'' quando a porta do quarto se abriu novamente, dessa vez o Bruno entrou e me encarrou sorridente. Retribui o sorriso e ele se aproximou me abraçando de lado.

-Achei que ia dormir mais. –falou.

Balancei a cabeça, e respondi:

-Estava sem sono, acordei logo depois que você saiu.

Ele assentiu e me deu um beijo rápido.

-Vamos descer, o café já está sendo servindo.

Concordei, e saímos do quarto. E assim que saímos do elevador, a mesma mulher loira entrou rapidamente na nossa frente, mas como sempre, estava de costas. Tentei não nota-la enquanto o Bruno dizia alguma coisa, porém era quase impossível fazer isso, eu conhecia aquele cabelo, aquela tatuagem no ombro (uma borboleta, que ela fez quando se tornou maior de idade). Parecia muito com a Ariel, mas isso era improvável a Ariel morreu, e eu tenho que me conformar com isso.

Chegamos ao Restaurante e eu perdi a loira de vista, hoje o café não era diferente, apenas tinha mais variedades de sucos e geleias havia até uma torta salgada.

Assim que me servi, sentei á mesa com o Bruno, que deixou escapar um suspiro de inquietação.

-Aconteceu alguma coisa? –perguntei encarando-o.

-Não, só estou um pouco... Ansioso para hoje à noite.

Sorri.

-Algum motivo especial?

-Eu vou estar com você, isso já torna o motivo muito especial. –respondeu com um sorriso.

Fiz uma careta envergonhada, e voltei a comer.

***

Meia hora depois, saímos do hotel para uma voltinha pela cidade. O sol estava no céu, mas era possível andar sem suar ou sentir a pele queimando (situação atual do Brasil). Começamos uma caminhada devagar pelas calçadas de Los Angeles e depois por algumas praças (todas lindas), novamente a câmera estava em mãos, pronta para os flashes. Passamos pela calçada da Fama, pela frente da praia de Malibu, na qual eu obriguei o Bruno a caminhar comigo pela areia.

Uma Garota Escolhida.Onde histórias criam vida. Descubra agora