O Mundo Dos Mortais - Rainha Das Sombras

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Tome cuidado! Existe muitas pessoas de duas faces.
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Quando eu olho no espelho eu vejo... os meus olhos estão totalmente negros.

—Você é um demônio?!— o Felipe diz indignado.

—Essa não, como eu desfaço isso?— eu pergunto

—Hm... que tal um acordo? Eu falo como desfaz isso e vocês me liberam.

O Trevor já sem paciência, pega o Felipe pela gola da camisa e diz:

—Olha aqui seu desgraçado, ou você fala ou eu...

—Você não vai fazer nada comigo, sou conselheiro do rei, tirando que sem mim ela vai continuar assim.

—Wendy como nós vamos fazer para tira-la daqui com esses olhos, nós ainda estamos no mundo dos mortais.— pergunta o Trevor

—Eu tive uma idéia!— eu falo

Eu caminho até a vitrine e pego um óculos escuros e me olho no espelho, não dá para ver direito os meus olhos.

—Boa ideia Emy, mas será que vai funcionar?— a Wendy pergunta

—Não sei, mas é o único plano que temos.

O Trevor pega todos os colares e joga dentro da mochila.

Nós jogamos uma blusa encima das algemas para que ninguém descubra que ele está algemado, então saímos da loja normalmente.

—Eu me sinto como num filme de ação.— eu falo

—Amei os seus olhos!— uma voz rouca fala.

Eu tomo um susto, mas quando eu me viro era só a minha sombra.

—Vai se ferrar!— eu sussurro para ela

Nós estávamos andando pela rua e só para ajudar estava tendo feira na rua em frente ao parque.

Passamos pelos cantos da rua tentando não ser notados, quando um feirante vai e tromba comigo e o meu óculos cai no chão, eu me abaixo rapidamente para pega-lo de volta sem que ninguém perceba, mas uma menina de uns 5 anos vê os meus olhos e começa a chorar bem alto, eu pego o meu óculos e saio de perto.

Entramos no parque e fomos correndo pela trilha até o portal, e com o feitiço que o Trevor me ensinou de mudar de roupa eu faço uma pequena bolsa de lado e guardo o meu livro nela, abrimos o portal e quando entramos a Wendy fala:

—Trevor você leva o Felipe para o castelo, eu vou ajudar a Emily a se curar.

—Como?— o Trevor pergunta

—Conheço alguém que pode ajudar.

Então eu e a Wendy fomos pelo vilarejo, eu com a cabeça baixa disfarçando o máximo que eu podia.

Passamos por umas ruas até chegarmos em frente a uma grande mansão bem bonita, nós nos aproximamos de um dos cavaleiros que estavam do lado dos portões e ele fala:

—Se quiserem a passar vão precisar da marca.

A Wendy me puxa e levanta uma das mangas do meu vestido, e mostra o N.

—Essa marca?— ela pergunta confiante

Os cavaleiros abrem os portões e nós entramos.

—Wendy quem mora aqui?— eu pergunto desconfiada

—Alguém que provavelmente vai saber te ajudar.— ela responde

Nós entramos e um mordomo fala: