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Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.
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—Ele sumiu!

—Como assim sumiu?— eu pergunto

—Deve ter ido embora senhora, achei isso no chão.— uma das sombras fala estendendo a mão e me entregando um celular.

Eu desbloqueio e vejo a foto de capa, era uma minha com o Leo, de fato era o celular dele.

Eu desfaço as sombras e me sento no banco, me sinto esgotada, me sinto pior ao pensar que se eu não tivesse conhecido o Trevor nada disso teria acontecido, porém a minha vida seria uma mentira, eternamente.

—Quem diria que uma amizade, viraria a minha vida de cabeça para baixo!— eu falo em voz alto

—Eu tive uma ideia.-—a minha sombra diz, eu nem lembrava que ela estava lá— porque não vamos ao mundo místico? Quem sabe sentar na ponta do penhasco, onde você esteve com o Nathaniel, esfrie a sua cabeça.

—Não sei se é uma boa ideia...

—Vamos, vai ser bom para você, então? Oque me diz?

—Beleza.

Eu me levanto crio coragem e vou até o portal, ao chegar no mundo místico, admito que estava com um pouco de medo, normalmente eu estou acompanhada de alguém, mas dessa vez é só eu e a minha sombra.

Me teleporto até a floresta onde eu fui com o Nath e começo a andar.

Estava distraída, quando alguém me chama pelo nome.

—Emily?

Eu me viro e era o Nathaniel, ele estava suado e sujo de terra, ainda sim dava para sentir o perfume forte, ele segurava um arco na mão e uma aljava cheia de flechas presa nas costas.

—Oi... oque faz aqui?— eu pergunto

—Pergunto o mesmo.— ele responde

—Só... caminhando.

—Mesmo no mundo místico é perigoso, pode aparecer um lobo mau e te devorar.— ele diz com o seu famoso sorrisinho.

—Desculpa, mas esqueci o meu capuz vermelho em casa, oque você faz aqui?

—Caçando, você não deveria estar em casa, junto aos seus pais mortais?

—É uma longa história...

—Sorte minha que tenho muito tempo, posso caminhar com você? Assim você pode me contar essa longa história.

—Não vai atrapalhar a caçada?

—Nah imagina.— ele segura no meu braço e eu conto tudo para ele, des dos meus pais até o Leo.

Chegamos no famoso penhasco, eu me sento na ponta dele e digo:

—Vê se não me empurra dessa vez.

—Pode deixar.

A lua iluminava o céu junto as estrelas, ela refletindo na água do mar era uma bela visão.

Estava um silêncio, só podíamos ouvir o som das corujas e o som da água batendo nas pedras, até que o Nathaniel diz:

—Porque não me mostra as cartas da arcanjo?

—Um minuto!— eu abro a bolsa e pego as cartas da Dina, eram de um pergaminho meio velho— se importa se eu ler?

—Fique a vontade.

"Querida Dina,
Não consigo parar de pensar
em você.
Os deuses não se alegraram
disso, porém você e a Lúcia são as pessoas mais importantes para mim.
Me encontre no mesmo lugar,
mas tome cuidado, é lei que raças de outros mundos não devem se relacionar.
Rei Henry."

O Mundo Dos Mortais - Rainha Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora