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Viver é honrar a memória dos mortos e ter certeza de que se está protegendo os vivos.— DJW
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Aquele sonho se repetia inúmeras vezes, no final era sempre eu caindo, quando eu tocava o chão eu sentia uma forte dor e retornava para cima das raízes com a Amara, a dor é inevitável, só pude acordar quando o sonho se repetiu pela quinquagésima vez (50).

Ao tocar o chão eu acordei, estava em um quarto escuro, era bem provável que fosse na casa Nathaniel, aquele lugar estava frio, tanto que eu me encolhi de baixo das cobertas, quando eu tento me sentar sinto uma forte dor no corpo todo, parecia que alguém havia arrancado os meus membros e os colocado em posições invertidas, com muita dificuldade consigo me sentar, eu olho e vejo que estava com uma roupa diferente, os meus ferimentos tinham curativos e que o meu cabelo estava mais bagunçado que o normal.

—Bom dia princesa!— o Nathaniel diz entrando pelas portas duplas.

—Por quanto tempo eu durmi?— eu pergunto.

—Três dias e umas horas.— ele responde me entregando uma caneca.

—Oque é isso?— eu digo pegando e assoprando o vapor que tinha cheiro de canela e especiarias.

—É para as dores.— ele se senta na beirada da cama.

Logo após beber, eu ponho a caneca de lado e pergunto:

—Quem me trocou?

—Fui eu.— o Nathaniel diz dando um sorriso malicioso.

—Oque?— eu pergunto corada.

—Brincadeira.— ele responde rindo— quase apanhei do Trevor quando sugeri isso, a Wendy te trocou com o feitiço de troca de roupa, você ainda quer dormir?

—Não, eu preciso de um bom banho, roupas limpas e comida, principalmente comida.— eu digo.

—Poderá tomar o seu banho alí.— ele diz apontando para uma porta no canto do quarto— roupas limpas use o feitiço, mandarei prepararem comida.

—Valeu.— eu digo.

—Se quiser ajuda do banho...— ele diz, eu ataco uma almofada nele e ele se retira rindo.

Eu me levanto com certa dificuldade e caminho até o banheiro, quando abro a porta fui perceber o quanto "humilde" ele era, havia uma grande banheira feita de quartzo e as torneiras da mesma eram feitas de ouro, as pias no canto eram feitas do mesmo material, só que havia várias enfeites de porcelana, um grande vaso cheio de flores douradas ficava ao lado de uma porta de onde ficava a privada, havia também muitos espelhos, uns ficavam sobre a pia e outros iam até o chão.

Começo a encher a banheira e quando despida de roupas eu começo a retirar os curativos, depois que eu entrei não queria mais sair, por mais que o meu corpo doesse a água quente aliviava.

Fiquei um tempo lá, passei a contar as meus ferimentos que eram em grande quantidade.

Quando eu saio, me seco e me visto, quando saio do banheiro havia uma caixinha de madeira no criado mudo, após abri-la eu vejo que tinha várias coisas para fazer um curativo, eu as pego e faço em mim, quando estava penteando o meu cabelo de frente ao espelho percebo uma grande cicatriz em minha bochecha.

Eu arrumo os meus colares e saio do banheiro, no corredor eu encontro com uma empregada que diz:

—Senhora, me acompanhe!

Eu vou com ela até a grande sala de jantar do Nathaniel, na mesa de dez cadeiras havia vários tipos de comida, lanches, porções, muitas outras coisas.

O Mundo Dos Mortais - Rainha Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora