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O maior erro que você pode cometer, é o de ficar o tempo todo com medo de cometer algum.
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O Nathaniel foi se aproximando, quando chegou na ponta do penhasco eu me virei para ele e ele me empurrou... o vento batia violentamente em mim, o medo me atingiu tão fundo, era o medo da morte, a última vez que eu havia sentido algo assim foi quando o Leonardy levou um tiro, quando eu senti que estava caindo o Nathaniel me puxa pelo braço com força, quando eu volto a encostar os dois pés no chão ele me abraça para eu não me desequilibrar.

—Calma gata, você não vai cair!— ele fala com aquele sorrisinho

—Porque você fez isso?— eu falo, a minha respiração estava ofegante, ainda estava assustada, o vento que subia do penhasco mexeu os meus cabelos.

—Nunca confie em ninguém no campo de batalha.— ele fala, ajeitando o meu cabelo atrás da orelha.

Estávamos tão próximos, ele ainda me abraçava, ficamos olhando um para a cara do outro por alguns segundos que para mim duraram como uma eternidade, podia sentir o seu perfume, eu peço desconfortavelmente:

—Li...cença?

—Porque?

Porque? Oque eu respondo? Porque estou tão confusa? Eu olho e no meio do campo está a minha sombra, ela estava com uma cara de confusa, misturada com cara de malícia.

—Nunca terei paz...- eu falo me afastando dele com cuidado para não cair— sempre sendo observada!

O Nathaniel olha para trás e diz:

—Emy estamos sozinhos.

—Nunca estamos.— eu falo me afastando, indo em direção a minha sombra, na frente dela eu me agacho e arranco da terra dois dentes de leão, com o meu toque eles ficam negros— tudo que eu escosto fica negro.— eu sussurro para a minha sombra.

Eu caminho até o Nath, entrego um dos dentes de leão para a ele e falo:

—Faça um pedido e sopre.

Ele fica confuso, mas a sopra um enquanto eu a sopro o outro, eu com a minha mão atrás das costas formo a minha espada obsidiana.

Colocando a mão na minha cintura ele vai se aproximando cada vez mais, os nossos rostos estavam quase colados quando eu com um movimento das mão o jogo para o lado, caído no chão ainda mais confuso, eu me inclino para frente e aponto a espada para ele.

—Nunca confie em ninguém no campo de batalha!— eu falo com uma certa satisfação

Ele desaparece e reaparece atrás de mim, colocando a sua espada rente ao meu pescoço ele sussurra no meu ouvido:

—Eu não confio.

Posso sentir a respiração dele na minha nuca, eu cuidadosamente abaixo a espada dele e me viro, percebo que a sua espada longa era feita de ferro fundido, de dois gumes, havia uma lua, um sol e uma estrela estampados no cabo de couro.

—Onde conseguiu a sua espada?— eu pergunto

—Eu comprei.— ele responde.— e a sua?

—Eu a fiz.

—Que incrível, você é uma das poucas pessoas que conseguiram fazer uma espada.

—Então vamos treinar?

O tinir do aço ecoava pela floresta como um trovão, já havia enfrentado o Trevor e anjos, mas ninguém lutava como o Nathaniel, ele era muito bom nisso.

Ficamos treinando de espada por umas três horas, ele ganhava umas e eu quase ganhava outras, acabava quem ia para o chão ou quem desistia, eu já estava quase morta de cansaço, depois de treinar-mos com espadas ele diz:

O Mundo Dos Mortais - Rainha Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora