¢@₱¡†uL∅ ⁴³

1.4K 149 14
                                    

Não derrube, ajude a levantar!
*****************************

—Não poderemos voltar por onde viemos.— o Nath fala

—Droga Emily, se você tivesse deixado os guardas vivos.— o Trevor diz

—Já disse que não fui eu.— eu falo

—Como vamos sair daqui?— o Trevor pergunta

—Eu vou dar um jeito!— eu falo.

Eu paro pra pensar por um momento, um tempo depois eu subo na janela, a abro e me penduro para fora.

—Tive uma ideia!— eu falo

Havia uma gárgula de pedra um pouco distante e para o alto.

—Emy, sai daí.— Nathaniel fala

—Os guardas da muralha podem vê-lá.

Eu os ignorei, transformo o meu vestido em uma calça, uma camiseta e o meu sapato em um tênis, e como o Nath me ensinou, eu pego distância, dou um salto duplo e pouso de pé encima da gárgula, eu me desequilibro e quase caio para fora, mas consigo ficar em pé, eu vou para atrás do gárgula escondida dos guardas.

—Emily vem aqui.— o Trevor diz

—É perigoso.— o Nathaniel afirma

—Virem homem e venham logo!— eu falo dando um pulo para cima de uma janela, fico pendurada.

Dou mais uns pulos até chegar em cima do telhado, era de madrugada, então eu ficava quase invisível.

Estava deitada olhando as estrelas, quando o Trevor e o Nathaniel apareceram.

—Que demora!— eu falo

—Esqueceu que ele não tem poder de demônio? Foi difícil conseguir leva-lo até aqui!— o Nathaniel diz

—Como vamos sair daqui?— o Trevor pergunta

—Se nós tivéssemos saído pela porta da biblioteca corria uma grande chance de sermos vistos e eu acho que não seria nada legal se isso tivesse acontecido.— eu falo

—Eu e você seriamos mortos, e levariam o Trevor até o Templo Do Sol e iriam decapita-lo por traição.— o Nathaniel fala com uma voz calma

—Que Lindo, agora venham comigo!— eu falo

Andamos um pouco pelo telhado, até chegarmos a uma torre na qual havia uma janela, grande o suficiente para conseguirmos entrar. Dentro daquela janela havia um armário cheio de armaduras.

—Que lugar bizarro!— o Nathaniel fala— normalmente guardam as armaduras lá em baixo, não em uma torre qualquer.

—Essa não é uma torre qualquer, é a torre dos guardas.— o Trevor fala

—Torre dos guardas?— eu pergunto

—O rei concedeu a menor de suas torres como um lugar para os maiores heróis do reino, cavaleiros juramentados da coroa...

—Eu acho que estamos sem tempo para historinhas, toma pegue isso e vista!— o Nathaniel diz jogando um elmo no Trevor

—Como isso pode ser útil?— o Trevor pergunta

—Boa ideia Nath, assim ficaremos disfarçados.— eu falo

—Você não Emy, acho que tenho algo melhor para você.— o Nathaniel diz colocando a mão em meu ombro, uma fumaça negra da a volta em meu corpo e a minha roupa se transforma em um vestido cinza bem simples e um lenço amarrado em minha cabeça fazendo sombra em meus olhos.

—Eu prefiro ir de cavaleiro.— eu digo cruzando os braços

—Ohnn... parece uma criança fazendo birra.— o Nathaniel fala levantando o meu queixo e olhando em meus olhos

—Parem de brincar vocês dois.— o Trevor diz pondo o elmo

Quando eles terminaram de por as armaduras, nós saímos por uma porta, o Trevor e o Nath carregavam uma grande lança.

—Parece uma criada!— a minha sombra fala com nojo

—Graças a você, querida!— eu sussurro nervosa

Andamos por aquele corredor, que era até bonito, as paredes eram infeitadas com milhares de quadros e esculturas, eu pude ver um quadro que havia desenhado nele um grande homem loiro com uma armadura dourada, ele segurava uma espada com uma cabeça na ponta, era macabro, mas ao mesmo tempo fascinante.
Estávamos passando ainda por aquele corredor quando chega um guarda, como não reconhecer, era o mesmo guarda que parou eu e a Wendy no dia do baile, só que dessa vez ele estava sem armadura.

—Por que dois guardas para escoltar uma criada?— ele pergunta

Ninguém responde.

—Quer saber? Não importa, vocês dois vão patrulhar os corredores sudoeste das masmorras.— ele agarra o meu braço.— enquanto a você trate de vir aos meus aposentos, aquilo está imundo, o rei vai me visitar esta manhã para vermos planos de ataque, então preciso daquele lugar apresentável.

Droga, oque eu faço? Não posso mata-lo, seria mais uma morte para me culpa-rem.

—Eu posso te ajudar!— a minha sombra diz— só precisa deixar.

Eu nego com a cabeça.

—Então tudo bem, vai lá limpar o quarto desse cara enquanto a sua amiga morre!— ela diz rindo

—Tudo bem, eu deixo!— eu falo só que dessa vez alto o suficiente para todos ouvirem

A minha sombra encosta a mão em mim e ela desaparece, não consigo entender, os meus olhos ficam totalmente negros e eu não consigo me controlar, não totalmente pelo menos, eu puxo o meu braço, aquele guarda que está a me segurando olha para mim e pergunta:

—Oque você pensa que está fazendo?

Eu com a minha força de demônio pego a cabeça dele e bato três vezes na parede de pedra, sangue começa a escorrer pelo seu rosto e ele cai no chão desacordado.

Eu sinto uma coisa, não sei explicar oque, mas a minha sombra reaparece e sussurra em meu ouvido:

—Um dia seremos um só...

**"**"***"**"**"**"**"**"**"**"**
Votem para ajudar na divulgação, please!

O Mundo Dos Mortais - Rainha Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora