PARTE 7

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— Me perdoe Duquesa, mas, seu primo ligou para cá. E quanto a  Isabelle mora na zona sul do RJ. Te passo o endereço... Todo.

Saí aborrecida de lá do teatro, com essa revelação da diretora para Isabelle. Não sei por que Filipe teve que ligar para cá pra dizer que eu era a prima dele e que queria tudo perfeito à minha chegada... Agora sabem o motivo do qual não aceitei o título de Duquesa.

Não suporto ter alguém falando por mim. Meu primo me trata como se fosse aquela garotinha ainda de doze anos que ele sempre protegia, é confortável e exaustivo ao mesmo tempo saber que um Rei se preocupa mais com você do que com sua esposa e filha, ou, até mesmo seu País.

— Me leve ao cais, por gentileza. - Falei entrando já no carro.

Meu motorista me levou, e vi de longe a Isabelle olhar para meu carro, abraçada de seus pais, parecendo dois pássaros cobrindo o corpo da Isabelle. Enquanto ela demonstrava estar sufocada, triste, querendo fugir do meio deles e viver a vida dela.
Me vi na Isabelle e senti vontade de resgatá-la de lá, mas fiquei com essa vontade na mente, porque para pôr em ação já era tarde demais, afinal já estava longe dali...

Amanhã tentarei me aproximar dela, pedindo sigilo sobre meu segredo, e a ajudarei libertar-se dessa prisão que os pais a cercam.

— Posso pilotar? - Disse eu, no impulso saindo do carro, caminhando rapidamente para o Iate que me levaria de volta a minha ilha.

Eu estava com imensa vontade de me arriscar, no intuito de esquecer minha real origem.

— Você é uma... Du...

— Uma não! Um... Ser humano, assim como você! O que diferencia de fato, é o que temos entre as pernas. (Risos)

A PIANISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora