PARTE 45

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(Isabelle narrando):

- Isabelle eu nunca vi você se envolver com ninguém desde que veio pra cá... Sei que você curte mulher, tenho amigas, se quiser... Só não gosto de sempre ver você assim depressiva. Quando está sozinha só toca aquela... Que fugiu agora o nome. E outra, você é muito sortuda vai para Europa! Sonho de muitas aqui.

- Für Isabelle... É uma canção linda. De libertação, inclusive foi ela, quem me fez fugir de casa. E não quero ninguém... Só a música me interessa. Esse não é o meu sonho... Meu sonho era... Ai deixa pra lá.

- Desabafe... Talvez seja a primeira vez que se abra com alguém daqui... E quem compôs essa nota? Você?

- Não... Uma grande mulher. Ai Melissa me deixa vai...

- Já sei, o que aconteceu... Você a amava, e não teve tempo de dizer isso, não é?

Eu a encarei na hora, assustada, como se ela tivesse tocado na minha fraqueza em cheio... E saí dali, para não chorar na frente dela... Fiquei um tempo chorando ao travesseiro e depois comecei a refletir comigo mesma.

E se eu tivesse dito, que a amava?

Aquela troca de beijos ardentes que demos... Parece que foi ontem, ainda posso sentir aqueles lábios quentes dela aos meus, meu corpo entrou em chamas, chego a me arrepiar, ao me lembrar...

- Ai Natasha como você me enlouquece... Não me ensinou a te esquecer... Não me ensinou...

Entrei no banheiro, e comecei a me tocar... Era assim todos os meus dias, durante um ano e meio, ai Natasha... Como queria você fazendo isso aqui por mim, me explorando toda, me devorando com sua boca volumosa... Loucamente. Tenho orgasmos todas noites por você minha Duquesa... Serei sua serva, se quiser... Serei o que quiser que eu seja... Ahhh... Espere!

Eu parei de me tocar e pensei... É isso! Como não pensei nisso antes... Eu estava cega, as coisas não estavam claras agora entendo tudo.. Isabelle, Isabelle seus pensamentos estão te consumindo, de tanto falar sozinha, mas, de uma coisa é certo. É... Eu amo aquela mulher, e não me importa o que fez no passado. EU AMO A NATASHA!

- EU AMO A NATASHA!

Alguém do outro lado... Da porta diz.

- Isa... Você está bem, querida?

Eu abri a porta, ajeitei minhas roupas, e minha mão estava toda melada, santo Deus! Esfreguei rapidamente na blusa minha mão, e dei um sorriso forçado para Melissa.

- Estou, é que estou naqueles dias, aí qualquer coisa me faz chorar... Só quero ficar sozinha.

E do nada, Melissa me empurra com tudo pra dentro do banheiro e começa a me beijar... Toca em meus seios, e como eu estava carente, fui um alvo fácil, não consegui escapar, porém...

- Melissa... - Consigo interromper o beijo que devo admitir, é muito bom.

- Shhh... Deixa eu chupar esses seios seus, olha já estão durinhos...

- Não são pra você... Estão assim bem antes de você chegar com tudo em mim.

- Você ama alguém, não é?

- E você me seguiu... Não posso ter mais privacidade? E sim, eu amo.

- Por que esconde tanto isso? Seus sentimentos?

- É melhor assim... Prefiro que ninguém saiba disso, pra eu não me decepcionar novamente.

- Tolinha... Quanto mais esconder isso, mais isso irá te sufocar, o próprio amor irá unir vocês... Se ela te corresponder também.

- Ela? Deve achar que nem existo mais, deve estar aproveitando a vida com várias mulheres maravilhosas ao lado dela, já que é poderosa.

Melissa ficou olhando para meus seios, e eu ficando sem jeito... Porque, eles estavam empinados, ainda não ficaram normais. E eles são grandes, não sei dos gostos da Natasha, afinal nem eu e nem ela nunca fomos lésbicas na vida, acho que eu aprendendo agora com essa Melissa, posso saber lidar mais com que sinto pela Natasha... Não, melhor não, senão irei machucar Melissa, não quero usar ninguém.

- Melissa, não... - Ela estava cheirando meu pescoço, mesmo aquilo me causando calafrios, eu não me rendi.

- Essa mulher te enfeitiçou mesmo... E ela é uma mulher de sorte. Desculpa por qualquer coisa Isa.

- Desculpe eu, por não poder... Satisfazer seus desejos.

Eu fiquei realmente desapontada, queria muito, mas eu travei... Meu corpo travou. Esses sintomas se chamam, Natasha... Aragão.

A PIANISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora