PARTE 23

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- O que será que deu nela?

- Não sei Ana... Também queria saber, tenho certeza de que irá me contar amanhã. Senão for incomodo, pretendo descansar agora, si?

- Não há incomodo algum... Descanse... Também irei ali no sofá.

Dormimos profundamente... E no meu pensamento só via o momento em que Isabelle estava ao meu lado, quando acordei, me senti tão bem com a presença dela. Como se a vida dela, fizesse parte da minha... Que sensação absurda de pensar, mas... É essa que eu sinto.

No dia seguinte pela manhã, acordo com uma dorzinha desconfortante ao braço esquerdo, e era a enfermeira tirando o soro, ficou a marca do furo da agulha tenho pavor à agulhas, e como sou branca ficou roxo o local.

- Finalmente acordou senhorita Aragao, vamos, te ajudo a se vestir.

Ana me ajudou a se vestir, pois eu ainda estava com corpo dolorido e minha cabeça ainda doía. Colocou boné em mim, e óculos escuros para ninguém perceber que era eu. Meus seguranças vieram, me colocaram dentro do carro e pedi pra que Ana fosse junto comigo.

Estávamos já ao meio Iate, e vejo a Ana apreciando o mar... Enquanto Roberto pilotava.

- Você nunca foi à uma ilha particular ?

- Nunca! E será emocionante respirar riqueza por algumas horas! - Começamos a dar umas gargalhadas espalhafatosas.

- Ana, aceita beber algo?

- Aceito um suco... Qualquer um que tiver aí.

Fomos pra dentro do Iate, pedi para Robeeto desligar o motor, ficando assim paradas com o iate no meio do oceano. E Ana ficou encantada com tudo... Pegamos as bebidas, e voltamos a apreciação do mar.
Aproveitamos e comemos algumas frutas.

- Quando eu era mais jovem, gostava de surfar...

- Sério Ana? Eu admirava também o surfe, ainda muito mais os surfistas... (Risos entre nós). Mas falando sério, até me envolvi com um, e me ensinou, traz muita tranquilidade pra mente, foi nas praias holandesas, que sonho de praia, se quiser ir lá um dia, para conhecer.

- Lá a maconha é liberada, num é? Já vou então na primeira oportunidade!

- Usei e muito, mas como me dediquei só ao piano desses tempos pra cá, não tive tempo mais para pensar muito em coisas supérfluas...

- Qualquer dia vamos queimar uma verdinha... Vai ser bom para tranquilizar sua poderosa mente!

- Uma artista e bailarina como você, falando como se fosse uma mulher hippie. - Nós rimos, e acabamos nos identificando, nos atraindo pelos mesmos gostos, fomos abrindo a "casca" de nossas vidas uma para outra.

Chegamos na minha Ilha, ela ficou boquiaberta, não soube expressar, foi diferente olhar a felicidade da Ana, ao olhar Isabelle.

Entramos em casa, não haviam ninguém, pois eu dei férias a todos.

- É tudo lindo aqui... Como você. Não tem onde botar defeito, deve ser uma vibe e tanto, já pensou em fazer um evento aqui?

- Não, mas me deu uma ótima ideis mesmo, levo as pessoas no Iate. A casa, a ilha é gigantesca. Vai ser una coisa diferente, mas e meu nome? Eu sou uma Duquesa... Não posso me expor assim.

- Use um pseudônimo, e pode ser uma festa a fantasia, não é todos que sabem que essa Ilha pertence a você. Você aparecerá no meio da festa eletrônica, sou amiga de alguns DJs internacionais. Escolha um nome falso aí.

- Luna negra. Adorei a ideia, preciso de paz, mas, também preciso de agitação. Chame as pessoas que conhece. Divulga e pode dizer que é você a organizadora, que alugou a ilha de uma mulher rica, e que ela dará o ar da graça no meio da festa. Me surpreendo uma bailarina gostar dessas coisas... Não me leve a mal.

- Pode deixar, beleza, irei ajudar pagando os drinks, som, e iluminação. Na verdade isso é tradição de família, eu ser bailarina, gostar de festas assim é onde me encontro mais comigo mesma.

- O que significar "beleza"? - Risos entre nós.

- Quer dizer, tudo bem... (Risos).

Toquei piano, e Ana dançava ao som... Duas artes juntas, em um só lugar. Só faltou Isabelle... Inclusive irei chamá-la também para essa festa "particular". Na verdade essa festa é pra impressioná-la, de que tenho espírito livre e jovem.

A PIANISTAOnde histórias criam vida. Descubra agora