A PIANISTA

Parte 11

Não consigo esconder nada dele, ele é gay, e é um Conde italiano da família Tostana, "casado" com um grande empresário italiano. Mas que é uma família muito unida com a minha na Espanha.

— Cada dia mais linda! Agora diga logo su vadia, quem é Isabelle Portilla? Eu vim de Dubai e meu marido me deixou de jato aqui, por sua causa.

— Uma aluna minha que esbarrei hoje por acaso... — Fiquei sem graça, corou minhas bochechas, pois nem eu acreditei exatamente no que disse.

— Por acaso? Mesmo?- Cruzou os braços, suspeitando da minha inquietação visível ao falar desse assunto. — Sabe que pode contar sempre comigo.

— Sei e agradeço por reforçar isso, é que... Me vi naquela garota, sabe? Ela se sente sufocada pelos pais, e quer seguir esse rumo da música, e pelo visto é o rumo que ela já  escolheu, és muy decidida e encantadora.

— Sinto cheiro de paixão no ar, se você disser que isso é admiração, só comprova o quanto quer se enganar com isso, eu comecei assim... Sinto-lhe dizer, mas acho que está interessada nela. Saiba que é um risco a sua imagem, é ainda a herdeira do título sabe disso.... Quando irá reassumir?

— Foi Filipe, não foi? Quem mandou você perguntar isso... Vocês dois me conhecem muito bem, eu amo a música, no quiero ser Duquesa, quiero ser una pianista, una persona da arte.

— Nós te amamos... E ele esconde até hoje seu segredo, porque você pediu. Quis sentir o gosto da vida por seus próprios pés e olhos, mas, sabe que não pertence a você essa realidade. E admiro muito seu espírito querida, lembra-me muito a sua mãe.

— Nunca me falaram muito dela... Talvez foi melhor assim. Pois, não me torturo com sua imagem definida na minha mente.

- Ai querida Natasha... Não fale assim, mulher. - Falou em tom tristonho, ao ver minha decepção.