Nora

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Continuei correndo até chegar no portão do prédio, e sem pensar duas vezes escalei suas grades e o pulei.

Assim que pisei na rua meu coração se acalmou, olhei em volta e tudo estava deserto.

Agora com menos medo em meu corpo comecei a andar, sem me atrever olhar para trás.

A cada passo sentia que ia desmaiar, eu não estava com medo, mas algo dentro de mim desejava com toda a força encontrar Lana, e o fato dela poder estar morta me atormentava.

Cheguei até a rua que ligava a casa de Lana com a minha, agora só faltavam poucos metros.

A medida que eu me aproximava o medo aumentava.

De repente, escutei um barulho ao longe, quase como um ruido.

Não olhei para trás, apenas caminhei mais rápido, sem olhar para os lados, sem emitir nenhum som.

Com passos cautelosos eu me aproximei da casa, que era pequena e florida, todas as luzes estavam apagadas.

Na mesma hora perdi todas as esperanças, pois eu sabia que quando as luzes da casa dela estavam apagadas significava que não havia mais ninguém.

Me ajoelhei no chão, pensando em como fui imprudente.

Todas as vezes em que à visitei ela dizia a mesma coisa:

"Se você vir aqui e as luzes estiverem apagadas significa que não tem ninguém em casa, é quase tradição".

Aquela lembrança me fez perder a cabeça.

Droga! Droga! Droga!

Me levantei e olhei para casa, que agora me lembrava filmes de terror.

Lana odiava eles, por isso sempre que falávamos em zumbis ou algo do gênero ela dizia que tinha um plano.

Espera, é isso! - Pensei quase gritando.

Eu sabia exatamente onde Lana estava.

The VirusOnde histórias criam vida. Descubra agora