Nora estava na minha frente, me olhando perplexa.
Eu senti o lugar de onde vinha a dor, ela vinha do lado esquerdo da minha bochecha, coloquei as mãos sobre a região que doía e senti uma pontada, havia um corte ali, um corte profundo, um corte que poderia ter me matado.
As lágrimas saíram involuntariamente dos meus olhos, não por causa da dor, mas por causa da imensa sorte que eu tive de sobreviver a duas tentativas de morte certa, em um período tão curto.
Chorei também por ver Nora, ela era minha melhor amiga, e eu pensei que já pudesse estar morta, mas não estava, ela estava bem na minha frente.
Nadei com cuidado até a margem do rio, subi na grama e me aproximei dela.
Ela me olhava com medo,com duvida, e eu não sabia o que dizer, eu apenas estava feliz em vê-la, estava feliz por te-la de volta comigo.
Depois de algum tempo não resisti e a abracei, pensando em todos os momentos que passamos juntas e em todos as coisas que ainda passaríamos. Ela me abraçou de volta, coisa que não fazia, o que me fez chorar ainda mais, pois me lembrei do caos que nos rondava, do medo que me possuía e da coragem que me faltava. E nós ficamos assim, consolando uma a outra através do abraço que unia nosso corpo e alma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Virus
Science FictionNora se vê em um mundo onde não há mais família, amor ou felicidade, tudo foi destruído... pelo vírus. Ela e sua melhor amiga, Lana,embarcam em uma busca pela sobrevivência, mas estará mesmo tudo perdido? Essa é uma história de amor e ódio, suspens...