Lana

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Depois de ter corrido um quilometro inteiro cheguei ao local desejado, um galpão de uma fábrica abandonada, que ficava um pouco afastada da cidade.

 Para chegar até o galpão, eu tinha que passar pela ponte que ligava  a cidade e a fábrica (imagem da multimídia). Me deu arrepios vê-la. Sua estrutura de madeira estava podre e danificada, as beiradas não possuiam corda e a altitude não facilitava o processo.

Olhei para os lados, me certificando de que eu estava sozinha, e estava.

Aos poucos tomei coragem e fui andando lentamente, ignorando o barulho de rangido que meus pés faziam quando tocavam a medeira.

Assim que cheguei à metade do caminho escutei um barulho. Não um barulho qualquer, um grito, um ruido apavorante.

Sem pensar duas vezes comecei a correr, e cometi o erro de olhar para trás.

Três infectados. Correndo. Grunhindo.

O medo se apossou de mim, e a cada passo a ponde fazia um barulho estranho, como se fosse cair. Olhei para as minhas mãos, eu não possuía nada que pudesse feri-los ou atrasa-los. Droga.

Depois de certa distância, a ponte parecia não aquentar mais, eu tinha que chegar logo.

Tudo começou a rachar. Olhei para trás, eles estavam se aproximando. Olhei para frente, eu estava quase chegando.

Cinco metros, mais rachaduras, quatro metros, mais rachaduras, três metros, a ponte começou tremer, dois metros, um buraco se abriu no centro, um metro para a margem e quando levanto o pé para pisar na grama, a ponte se rompeu e eu cai na água fria, junto com os infectados.

A queda foi rápida, mas meu rosto ardeu ao cair na água.

Submergi o mais rápido que pude, tentando me esquivar dos escombros de madeira que flutuavam.

Assim que cheguei a superfície um infectado me agarrou, então eu o empurrei, peguei uma madeira que flutuava e bati em sua cabeça com toda a força que tinha, ele afundou no mesmo instante.

Controlei minha respiração e olhei para trás, dois infectados ainda me seguiam, então tive uma ideia.

Peguei o máximo de medeira que aguentei e arremessei o mais longe possível de mim, fazendo a água balançar.

No mesmo instante eles seguiram o som, virando-se de costas para mim.

Sem perder tempo nadei ofegante até a margem, e assim que estava prestes a subir na grama um infectado agarrou meu pé e começou a me puxar para dentro d'água.

Prendi a respiração, mas a energia que eu gastava tentando me soltar, fazia meus pulmões arderem.

Afundamos mais e o panico tomou conta do meu corpo, tentei soltar meu pé, mas ele possuía uma forca incrível.

Meus pulmões ardiam, meu cérebro latejava.

Eu não podia morrer assim.

Fiz uma última tentativa de me soltar, e então parei de me debater, tentando guardar energia,  eu não podia fazer mais nada além de esperar a morte.

The VirusOnde histórias criam vida. Descubra agora