18. Quebra cabeça de triângulos

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Era noite. Uma das piores sextas-feiras de toda a minha humilde vida. Marquei de me encontrar com Diego na sua casa às sete horas. Fui. Todo animado louco para transar com ele mais uma vez. Aquela seria nossa quarta transa (e depois de tudo que aconteceu, a última). Peguei um ônibus e cheguei lá no horário marcado. O pai dele não estava em casa, portanto não precisei pular a janela. Entrei pela porta da frente e reparei que sua casa era bem menor do que eu imaginava ser e muito mal decorada, mas eu não estava ali para reparar na decoração.

Diego me cumprimentou e perguntou como eu estava, sua voz era saliente e perspicaz. Mal entrei no quarto e sentei na cama, ele já foi logo me beijando. Seu beijo era macio e gostoso. Suas mãos eram espertas e rápidas a percorrer o meu corpo, com um dedilhar pelas minhas costelas em que fazia eu me sentir um piano sendo tocado. Eu despenteava o cabelo loiro dele e sedoso. Aos poucos, meu corpo foi escorregando para a cama, ele deitado sobre mim ainda me beijando e espremendo meu corpo sobre o lençol amarrotado.

- Deixa eu só tirar os sapatos. - pedi.

- Tira a roupa toda! ­- ele ordenou.

Tirei meus sapatos, olhando fixamente para os olhos dele. Despi minha calça ainda com os nossos olhos fixos e, por último, a camisa.

- Tira a cueca também. Você fica mais bonito sem - e me olhou de forma sedutora.

Obedeci, eu tinha uma leve desconfiança que aquele homem era meio sádico (a leve desconfiança se converteu em absoluta certeza). Olhei para a roupa dele e não precisei dizer palavra nenhuma para ir tirando o short e a camisa cinza escrito "Ramones". Eu já ia puxando a cueca também quando ele pediu:

- Com a boca! - mas eu não obedeci, já tinha tirado metade dela e não tinha habilidades específicas para fazer o que ele queria - Ahh...

Sentei sobre as pernas dele. Seu corpo estava atravessado na cama e a cabeça encostada num travesseiro marrom enorme, e nos beijamos. Diego era até bom quando o assunto era beijo, mas tinha alguma coisa no ar misterioso de ele saber das coisas que me intrigava. Transamos da mesma maneira de sempre. Chupei-o. Ele me chupou. Mas acima de tudo, ele me espantava com seus gostos sádicos, de ordenar que eu lambesse seus dedos e ele os introduzisse em mim. De um lado era prazeroso, mas de certa forma, ele me colocava numa posição que me fazia sentir inferior, não me pergunte o por quê. Ele me indicava seu dedo, um por um, para que eu os chupasse.

- Molha, porra!

Ao mesmo tempo em que ele era fofo (raríssimas vezes!!!), ele era grosseiro e estúpido. Eu o olhava de modo até intimidador, ele perguntava "O que foi!?" e acabava rindo em sequência. Não sei por que, mas aquela noite de sexo tinha algo de diferente, mas diferente pra ruim. Alguma coisa meio que me decepcionava nele.

- Se eu pudesse, transava com você todo dia. - ele disse - Gostoso!

Sei que durante a transa, parecia que eu não sentia prazer e ele até me percebia meio triste. Tive que fazer um esforço esplêndido para conseguir gozar, naquele momento ele não me despertava nenhum prazer mais. Por conta do seu terrível sadismo, fui me afastando aos poucos mesmo ele estando dentro de mim. Cuspia na minha boca, e eu me sentia menosprezado.

Gozei e logo depois ele gozou também, dentro da camisinha. Era legal ficar admirando seu corpo lindo e natural, uma coisa era inegável, aquele puta homem era um gostoso! Mas ele ainda era estranho e misterioso. Do mal! Depois de me limpar com o papel higiênico que ele providenciou, vesti minha calça e os sapatos. Sentei num pufe e fiquei olhando para o dono da casa, que havia vestido seu short e começamos a conversa do terror. Não lembro exatamente por onde começamos.

Muito prazerOnde histórias criam vida. Descubra agora