31 - O futuro dos reinos

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Acordei no meu quarto no castelo do rei Gregor.

Toc, toc, toc.

Ouvi alguém bater na porta.

- Entre! - eu disse.

Era uma jovem, devia ser uma empregada do castelo.

- Vossa Alteza, me chamo Ísis, estou aqui para cuidar da senhora. Posso ajudar em algo? - sua voz era suave e calma.

Ela aparentava ser jovem, com mais ou menos minha idade. Tinha pele morena e um par de olhos verdes que davam gosto de encará-los.

- Não sei, quer dizer... Me diga o que aconteceu depois que eu caí no chão da caverna - esfreguei as têmporas - minha cabeça está doendo muito.

- O senhor dessa casa ordenou que guardas a trouxesse para este quarto e pediu que cuidássemos da senhora - falou com voz baixa.

- Por quanto tempo eu fiquei desacordada? - não tinha a mínima noção de quanto tempo dormi.

- Por cinco dias.

CINCO DIAS ?????????

- Onde está Paul? - olhei em volta, meu coração disparado.

- No escritório dele senhora. Quer que eu o chame?

- Não, não precisa incomodar ele.

- Ele pediu que eu entregasse isso quando a senhora acordasse. Aqui está.

Ísis me entregou uma carta e saiu fechando a porta. Abri e comecei a ler.

Querida Beliza,

Foram semanas difíceis não é verdade? Mas encaremos os fatos, tudo que aconteceu não era o previsto para ambos.
Ainda é cedo para falarmos sobre isso, porém é necessário. Nossos reinos esperam por um rei e uma rainha e isso não pode esperar.
Se recupere, pois estimo com sinceridade sua melhora, depois que estiver pronta venha ao meu encontro para decidirmos o futuro dos nossos reinos.
Com carinho, Paul.

Li aquela carta várias vezes. Estava confusa demais. Após dois dias de recuperação resolvi encarar Paul e fui até o quarto dele.

- Pode entrar Beliza - ele falou quando bati algumas vezes na porta do seu quarto.

- Como sabia que era eu? - indaguei.

- Pelo seu cheiro - ele disse isso aspirando o ar como se meu perfume estivesse o embriagando, mas não olhou pra mim - sente-se.

- Bem, eu não vejo cadeira alguma aqui - falei mesmo sabendo que ele estava ciente daquilo.

- Na minha cama Bela - ele falou fazendo o primeiro contato visual comigo.

- Não acho uma boa ideia - disse - o assunto a ser tratado tem um certo grau de seriedade que não combina com um sentar em camas.

Ele se levantou, trancou a porta do quarto e ficou em pé na minha frente me encarando.

- Bela, já dormimos juntos uma vez. Sentar em minha cama não será tão mau.

A última guardiã da Luz (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora