Capítulo 57

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Relaxei os ombros sentindo as mãos macias - talvez um pouco pesadas demais - da massagista, apertar tudo quanto é nervo em toda minha lombar. Estávamos em um dos quartos: Jazzy, Melyn e eu, deitadas cada uma em uma cama de massagem, enquanto as outras faziam unha ou cabelo. Maria estava inclusa no pacote, porém não quis ficar, pediu pra fazer tudo antes pois queria aproveitar para cuidar de coisas pessoais.

- Nossa! - Jazzy murmurou, assim que contei tudo o que disse a sua mãe. - Ela disse que viria, ou algo insinuando o mesmo?

- Não, ela só ficou calada. - respondi, de olhos fechados, sentindo a ótima sensação da massagem, abri os mesmos em seguida.

- Eu queria ter entrado com você, para meter uns supapos nela. - Mê comentou, não conseguia vê-la mas imaginei sua expressão raivosa, o que me fez rir.

Ela não ligava se Jazzy estava ali, apenas odiava Patrícia pelo que havia me feito.

- Descontrolada! - falei em reprovação, fazendo as garotas rirem.

- Você também é descontrolada. - fez careta. - É uma ninfomaníaca, quer fazer sexo toda noite. - senti que corei instantaneamente. Ainda bem que não estão olhando para minha cara. Isso mudou o rumo muito rápido.

Sendo salva pelo gongo - se preferir, maca de massagem.

- O que isso tem a ver com o assunto? - murmurei envergonhada.

- Hmmm... - elas murmuraram em uníssono, num tom malicioso, fazendo todas as mulheres dali rirem - inclusive os dois homens, que são gays e muito afeminados. E lindos de morrer, pra completar.

Estávamos parecendo um bando de mulheres fofoqueiras, que não tem o que fazer e vão para o salão falar da vida dos outros.

- Nós não transamos toda noite. - neguei - Nós TENTAMOS. É muito diferente, ok? Zack nunca deixa. E quando deixa, temos que aproveitar. - dei de ombros.

- Ainda é descontrolada. - minha amiga reafirmou.

- Não sou descontrolada. - continuei a negar séria. - Talvez um pouco desprovida de autocontrole. - dei de ombros, seguindo a risada das meninas logo depois.

- Pronto, já pode ir fazer as unhas. - avisou a massagista.

Sentei, enrolando a toalha em meu corpo nu e a prendi para que não caísse, me levantei e sentei em uma cadeira bem confortável, onde duas moças com luvas brancas me esperavam, uma para fazer as unhas dos pés e outra para fazer a das mãos, e claro, havia o cabeleireiro, Leila.

- Ai, já sei o que vou fazer no seu cabelo. - ele bateu palmas feliz. - Estou autorizado a lhe deixar a mulher mais linda deste país, gata? - perguntou animado, sorri.

- Não, nada disso... - Jazzy contestou, se levantando da cama de massagem e colocando a toalha em volta de seu próprio corpo.

- Você está autorizado a deixar minha amiga, a vadia mais linda do mundo. - Melyn completou, me fazendo rir baixo com o exagero.

- Então vamos lá. - o homem rodou a cadeira para a frente do espelho. - Vamos fazer você a noiva mais linda da humanidade, tem muitas mulheres aqui, me sinto ameaçado.

Confiava no potencial dessa equipe, Jazzy mesma escolheu, a equipe de milhões que, segundo ela, já fizeram casamento de muitos artistas famosos, e olhando na rede social deles, pude ver que era verdade, vi até uma das Kardashians.

- Não se sinta - encorajei-o -, somos inofensivas.

- Todas, menos eu. - Mê levantou a mão, sorrindo cinicamente, rimos.

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