• Paulo narrando
Essa é a minha última chance, não posso desperdiçá-la pois sei que depois dessa não irá ter mais nenhuma. Não posso perder a minha pequena ruivinha.
Quando estou com ela, sinto que não preciso de mais ninguém, ela simplesmente me completa. Estar sem ela ao meu lado, é como uma pessoa sem coração, ela precisa de algo para fazê-la completa. E é exatamente isso que acontece comigo.
Sabe, eu nem sei o que se passou pela minha mente quando eu a trair, talvez nem tenha acontecido mesmo... É isso ! Talvez esse filho não seja meu, pelo o que eu me lembro ela está com o Carlos, nada mais óbvio que esse filho seja dele, não ?!
Talvez ela só queira me tirar da Isa, mas sem sombra de dúvidas, isso não irá acontecer, e quem vai impedir sou eu ! Não dizem que as pessoas só dão valor quando perde ? Eu vou provar o contrário e vou dá-lhe valor sem precisar perdê-la.
Uma coisa que eu preciso é provar que essa história de filho é farsa e irei fazer isso agora mesmo.
Mudo meu caminho para a floricultura para o caminho da casa da Flávia. Chegando lá eu saio do carro e toco a campainha, quem atende é o Carlos com uma expressão totalmente brava que chega a estar vermelha e ouço choros vindos de algum canto da sala.
Carlos- O que você quer ?
Paulo- Calma, cara - estendi os braços em forma de rendição - Eu só quero falar com Flávia e tirar alguns questionamentos, me deixa entrar ?
Carlos- Espere um minuto - assenti e ele fechou a porta na minha cara.
Pelo o que eu via em seu relacionamento com a Caroles, ele não era assim, pelo contrário, ele era super carinhoso, nunca se estressava com nada, às vezes eu até achava que ele fumava um, haha.
Ri dos meus pensamentos, mas fui interrompido por uma gritaria vinda de dentro da casa. Me encostei mais na porta para conseguir ouvir o que era dito lá dentro.
Carlos- CALA A BOCA, SUA CACHORRA - ouvi um estalo, provavelmente um tapa - MAIS TARDE CONTINUO A FODER ESSE SEU CORPINHO, VAI SE AJEITAR QUE TEM UM VIADINHO NA PORTA TE ESPERANDO - ouvi mais choros e choros - ANDA LOGO, SUA VADIA - outro tapa.
Sabia que o viadinho no qual ele estava se referindo era eu, mas não liguei, me preocupei mais com os tapas e choros, seria da Flávia ?
No momento senti uma enorme pena dela, tudo bem que ela tenha feito muito mal para o meu relacionamento com a Isa, mas ninguém merece isso que ela deve estar passando.
Me desencostei da porta assim que vi a mesma ser aberta pelo mesmo cara que a pouco segundos estava gritando com uma garota, que é provável que seja a Flávia.
Carlos- Pode entrar, ela já está vindo - entrei na casa com receio, fiquei em pé mesmo - Vou subir, pode ficar a vontade, já já ela vem conversar com você, vou deixá-los a sós.
Paulo- Obrigado - subiu e eu me sentei em um dos sofás que na casa tinha.
A casa é aconchegante, bem espaçosa, espaçosa até demais para apenas duas pessoas. A sala é grande, tem uma enorme televisão pendurada na parede, uma mesinha de centro, algumas poltronas, vasos e porta-retratos no rack e sofás espalhados.
Me levantei e dirigir-me até o rack, segurando em um porta-retrato que tinha uma foto da Flávia pequena, ela está vestida da mesma forma de quando eu a conheci, vestidinho florido e tranças em seu cabelo. Poderia até dizer que essa da foto não é a mesma Flávia de hoje, tão diferente.
Coloquei o porta-retrato no mesmo lugar e me virei, deparando-me com a Flávia sentada no sofá, me observando com um pequeno e fraco sorriso no rosto.
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E de repente tudo mudou (Banda FLY)
FanficTrês amigas, três irmãs que mudam-se para São Paulo na tentativa de esquecer seu passado, fazer novas amizades e amores, até um tempo dá certo até que e de repente tudo muda. Elas terão vários obstáculos até sua verdadeira felicidade pro resto da vi...