OIMA - Capitulo 14 - Os Beijos.

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Cão e gato!

Não existia expressão melhor para definir o meu relacionamento com Linkin. Já era março de 2014, e fazia quase um ano que eu o conhecia. Querendo ou não tiver que voltar a falar com ele por uma serie de motivos, primeiro por causa do carro. Existiam assuntos burocráticos que tínhamos que tratar como: seguro, documentação e a minha reeducação em dirigir, já que o Cruze era automático e bem maior que o meu antigo carro. Segundo por que ele passou a frequentar o meu lar. Praticamente toda sexta-feira ele jantava no apartamento. Acreditem ou não ele junto com as minhas amigas ficaram bastante íntimos que até tinham um grupo no Whatsapp intitulado "Baby Oli". Eu logicamente fiquei ainda mais puto do que eu já sou. Terceiro porque eu passei a visitar a mãe dele sempre que eu podia. Linkin já estava bem situado sobre os assuntos da empresa e isso consumia todo o seu tempo durante o dia, o único horário que o hospital permitia visitas. Então eu meio que assumi essa responsabilidade. Em um balanço geral nossa amizade estava bem.

No inicio do mês de abril eu estava em sala de aula ensinado os meus alunos do sexto ano os conceitos de rotação, translação e as estações do ano quando meu smartphone tocou. Eu estava com a minha mãe doente então eu tinha avisado a escola que iria precisar atender. Porém era Linkin, ele sabia que eu estava trabalhando, então atendi julgando que era algo importante. Pedi desculpas da turma, sai da sala e atendi.

─ Oi, estou em sala de aula ─ disse.

─ Minha mãe acordou ─ disse uma voz eufórica.

─ Como? ─ eu perguntei completamente extasiado com a afirmativa.

─ Oliver! Minha Mãe saiu do coma ─ disse ele, era notório que ele estava chorando

─ Linkin, isso é.. Maravilhoso, eu...eu, eu estou a caminho ─ disse desligando o telefone. Faltavam sete minutos para o intervalo, entrei novamente em sala de aula dizendo.

─ Turma, vocês estão liberados ─ peguei minhas coisas e sair porta a fora. Cheguei no meu carro jogando tudo no banco de trás e já ia saindo quando lembrei que o Eduardo ainda estava na escola, deixei o carro do jeito que estava mesmo e voltei correndo pra escola. Entrei na sala dele com mais de mil e fui ate ele e dei um abraço muito forte, ninguém na sala não estava entendendo nada, nem ele mesmo.

─ Que foi professor? ─ disse ele com aquela voz linda e meio assustada.

─ O que aconteceu Oliver? ─ Perguntou a minha amiga Rebeca, a professora que estava na sala naquele momento.

─ Edu sua mãe saiu do coma ─ eu disse deixando as lágrimas rolarem ─ ela acordou, ela acordou.

Ele ficou tão alegre que não posso descrever, sua única reação foi me abraçou forte e sem pensar duas vezes saímos correndo, eu e ele. Ainda bem que era a Rebeca que estava na sala de aula dele, já que ela entendeu depois o motivo e guardou o material do Edu, pois nos tínhamos deixado tudo lá. Saímos em disparada para o estacionamento da escola aonde se encontrava o Cruze parado no meio do pátio com o motor ligado e com a porta do motorista aberta. Pegamos o carro e formos para o hospital.

Quando entramos na recepção a moça nos liberou para subir e corremos para o apartamento da mãe dele. Chegando ao corredor, eu e ele ainda correndo. Linkin estava saindo pela porta do cômodo aonde se encontrava a Martha quando Eduardo passou direto pra ver a mãe e eu corri para abraçar ele, que retribuiu.

─ Linkin eu estou tão feliz pela sua mãe, eu sabia... ─ Eu tentei dizer meio sem fôlego por causa da correria, mas ele me interrompeu com o beijo mais feroz e sem jeito que eu já tinha ganhado em toda a minha vida.

***

Sim? Eai? Não era isso que eu queria? Um beijo dele? A atenção dele? O corpo dele? Então porque depois de quase um ano desejando aquele cara eu estava me sentindo assim, meio culpado, na duvida?

O Irmão do Meu Aluno  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora