OIMA - Capítulo 28 - Tapa Na Cara

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"O respeito pelos pais só resiste enquanto os pais respeitam os interesses dos filhos" Raul Brandão.

E se tinha uma coisa que meu pai sabia fazer era respeitar, foi difícil para ele no começo, claro, todo pai sonha que seus filhos sigam os seus passos, mas meu pai conseguiu vencer o seu próprio preconceito e orgulho e conseguiu me amar como eu sou e isso, com toda certeza, foi o maior presente que eu já ganhei. Porem meus pais ainda eram bastante católicos e tradicionais e aos seus olhos nós ainda éramos crianças.

Beijei Linkin e peguei na sua mão, que suava frio e descemos as escadas. Meu pai estava na sala de estar que ficava bem de frente para cozinha. O meu velho com cinquenta anos ainda batia um bolão, seu nome era bem conhecido na Força Aérea Brasileira, pois foi um grande piloto de avião, mas hoje, depois de quase um ano aposentado ainda trabalhava para a Boeing como instrutor de voo.

― Meu garoto ― disse meu pai com os braços abertos, fui até ele e dei um grande abraço ― Como você está? ― perguntou ele sorrindo.

― Bem, velho e você? ― perguntei.

― Velho é o seu avô garoto, eu ainda sou um garotão ― disse ele ― Vocês demoraram a chegar, não fui informado que o voo atrasou.

― Ah não Pai, tivemos um problema com a companhia, mas está tudo bem ― disse a ele ― Pai, quero que conheça uma pessoa ― disse levando ele até Linkin.

― Esse é Linkin Guimarães ― disse apresentando eles ― seu genro.

― Ele só vai ser meu genro quando casar com você Oliver ― disse meu pai ao cumprimentando, quando eles deram a mão meu pai fez questão de apertar o mais forte possível, mas diferente do que aconteceu com Declan, dessa vez apenas meu pai estava fazendo força. Linkin estava apenas igualando a força e suportando o aperto, estava lá, o primeiro teste do meu namorado ― Você tem um bom aperto de mão filho, um comprimento pode dizer muito de um homem.

― É um prazer lhe conhecer, senhor Porscher ― disse Linkin.

― Pode me chamar de Silva garoto ― disse meu pai soltando a mão dele. Nesse momento minha mãe anunciou que o jantar estava servido e que deveríamos ir até a sala de jantar. Nós encaminhamos para lá. Jantar com meus pais sempre foi um momento muito importante para mim, principalmente porque dês do inicio da minha graduação, la pelos meus dezessete anos eu não morava com eles. Então os momentos que estávamos reunidos era sagrado, porém esse era o jantar mais tenso que eu tinha com eles dês da noite que eu contei sobre a minha sexualidade. Todos já estávamos servidos e comíamos animadamente falando do novo emprego de balconista de Miley quando o piloto Silva perguntou.

― E você, Linkin meu rapaz, o que faz para ganhar a vida? ― Nesse momento todos nós que estávamos rindo, paramos. O meu namorado ficou tão surpreso com a pergunta repentina que deixou a colher no ar em frente a boca. Ele devolveu ao prato e engoliu um nó na garganta.

― Bem, Sr. Silva, eu sou CEO de uma empresa de transportes bem conhecida no Brasil ― disse ele, se vocês pensam que meu pai ficaria surpreso por ele ser o presidente de uma empresa que guardava grandes segredos da tecnologia mobile sul coreana, estão enganados, tudo que meu pai fez foi fazer um "hum" e continuou.

― Tão novo e já está no posto mais importante de uma empresa? Você realmente teve ter trabalhado duro para isso ― comentou meu velho, Linkin olhou para mim em um pedido de ajuda, tudo que eu fiz foi fazer uma expressão de "conte a verdade sempre".

― Na verdade eu assumi a empresa da família ― disse ele.

― Ah, então você recebeu de herança ― disse meu pai em um tom que deixava claro que ele reprovava a situação.

O Irmão do Meu Aluno  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora