OIMA - Capítulo 25 - Preconceito

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"Algumas pessoas sofrem para entender sua própria culpa. E só a absolvição é a mais poderosa forma de perdão. É um perdão total da suspeita e da responsabilização". - Mason Treadwell.

Se eu tinha uma certeza na vida, era que Linkin estava sofrendo, sofrendo muito. Eu o tinha levado ao tribunal aonde eu fui o juiz, o júri, o advogado de acusação e a promotoria. Linkin era culpado pelos seus crimes. Ele mesmo tinha confessado. Sim, eu o amo e isso é um fato para ambos, mas eu me amava mais. Eu estava naquele relacionamento a quase dezoito meses depois que o conheci. Mas eu estava em um relacionamento sério comigo mesmo a vinte e três anos. Como poderia deixar que ele saísse em pune depois do que ele fez? Então me veio um pensamento a cabeça, será que ele já não estava sendo punido?

O homem que eu amava ainda não tinha se relevado para mim, pois ainda existiam coisas que eu não sabia, que ele escondia, mas que aos poucos eu poderia ir descobrindo. Assim como o presente. O mesmo que eu ainda não tinha tido coragem de abrir des que descobri que ele ainda existia, a cinco dias a atrás. Eu me encontrava sentando em um banco alto da bancada do meu lar, tomando café.

"Outra paixão da minha vida".

O presente estava do outro lado da bancada, eu estava pesando se abria ou não, mas no meio dos meus devaneios meu smartphone emitiu um bip anunciando que eu tinha um novo e-mail, abri um grande sorrido, apesar de ainda não saber se o perdoaria, eu estava muito feliz com o os correios eletrônicos que ele me mandava. Linkin estava assistindo vários dos filmes que eu tinha indicado para se sentir mais próximo a mim. Eu fiz o mesmo lendo os livros que ele me deu. Atualmente estava lendo um dos romances da rainha do crime, Agatha Christie, que estava me fazendo companhia nesse momento tão triste, o livro "Punição para a inocência" era a forma mais sublime que me ligava a ele. Enfim, abri o ultimo e-mail.

DE: linkin.guimaraes@transguimaraes.com.br
PARA: oliverporschercarter@gmail.com
ASSUNTO: Por Fim.
DATA: Domingo, 05 de Outubro de 2014 (as 19h00min)

Acho que já enchi sua caixa de e-mail demais! Só quero que saiba que.

Primeiro: Eu te amo.
Segundo: Eu quero você, quero muito, desejo você.
E terceiro: Eu quero casar com você.

Amo-te
Seu eterno Linkin.

Aquele e-mail me pegou de surpresa, tão simples e tão sincero. Por que era tão difícil para o meu ego me permitir perdoar? Olhei novamente para o presente e decidi acabar com aquele mistério. Peguei a caixa e fui começando a desmanchar a fita de seda branca, retirando a tampa que tinha uma textura agradável, dentro da caixa tinha os tradicionais papeis de cetins brancos e eu fui tirando eles até relevar o conteúdo. O que estava na caixa era cômico e romântico ao mesmo tempo. Três objetos estavam guardados na caixa, um deles era uma rosa branca já morta, um bilhete e um quadro longo, ele tinha exatamente quatro fotos, era notório que era ampliação daquelas que se tiram em cabines de fotografia.

"A cabine de fotografias instantânea do The Dubai".

A primeira fotografia era Linkin e eu posando para foto, na segunda ele continuava fazendo caretas para a câmera e eu estava olhando para ele, e na terceira eu estava beijando ele, enquanto o mesmo fazia cara de surpreso e na ultima imagem ele estava beijando meu pescoço e eu fazia a menção de imitar um gato.

"Bom dia felino, disse Linkin na manhã posterior a nossa saída, agora sim isso faz sentido".

Agora sabia por que Agatha e Lucy agiram daquele modo naquele manhã, elas com certeza saibam do ocorrido. Eu deveria fica chateado, mas o que eu estava sentindo era justamente ao contrario, eu estava feliz, muito feliz. Porem uma duvida pairou na minha mente, se nós tínhamos ficado naquela noite, e acredito que isso o motivou a me levar para conhecer a mãe, mesmo que em coma, no dia seguinte, porque ele disse que se casaria com a vaca da Patrícia? Foi pensando nisso que eu abri o cartão que estava junto.

O Irmão do Meu Aluno  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora