OIMA - Capítulo 03 - Ajuda

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Depois desse dia eu não fiz mais questão de vê-lo, pois ainda tiver que me explicar para as irmãs da escola o motivo que eu tive para tirar um aluno da mesma, o que alimentou meu ódio pelo senhor Guimarães. Bem nisso ser passou o segundo bimestre e Eduardo não tinha melhorado, ao contrario, sua situação foi ficando cada vez pior. Se ele continuasse assim iria reprovar o ano. Na reunião de pais e mestres não fiquei com os boletins da turma do Edu para entregar.

Eu estava conversando com os pais dos alunos que sou conselheiro quando ele, Linkin, entrou na sala que eu estava e nossa, como ele estava lindo, contudo me controlei e continuei a dar a devida atenção aos pais, o que levou muito tempo pois a maioria das mães passavam horas querendo me dizer o melhor método para ensinar seus filhos, um absurdo. "Estão querendo ensinar o padre a rezar a missa?" Ele por sua vez continuou sentado no fundo da sala esperando. Era notável que estava puto da vida com a demora, mas não me importei. Foquei no meu objetivo. Sair vivo e com a sanidade mental parcialmente intacta.

"Por que será que ele esta esperando para fala comigo?".

Depois de quase uma hora a ultima mãe deixou a sala, o que me fez da um grande suspiro de alivio. Eu estava tão cansado que nem lembrava mais da existência do irmão de Eduardo. Comecei organizar as minhas coisas para sair, contudo quando cheguei à porta ele ser manifestou.

― É falta de ética e profissionalismo não atender um responsável por um aluno seu. ― disse ele vindo do fundo da sala.

"Ah não, agora não, ninguém merece isso, o que eu fiz senhor?", respirei fundo.

― Desculpe-me senhor Guimarães. Não notei que o senhor ainda estava na sala ― disse com ar cansado e um pouco agressivo, afinal eu ainda estava meio... Chateado.

"Chateado nada, você esta puto da vida Oliver. O cara de chamou de cretino ou esses músculos já fizeram você esquecer"?

― Já disse que pode me chama de Linkin ― disse ele ser aproximando.

― Prefiro manter a formalidade ― disse.

― Bem, acho que lhe devo desculpas, saber, pelas coisas que disse naquele dia ― nossa ele estava tão perto que podia sentir o perfume.

"Que por sinal era muito enjoativo".

― O dia que você me chamou de cretino e outras coisas? Que me acusou de sequestro premeditado de um menor? De um aluno meu? ― disse com ironia.

― Isso ― ele disse sorrindo ― Então você vai me desculpa?

― Mas você não me pediu desculpas. Você apenas disse que me deve desculpas, existe uma diferença ― eu concluir. Ele respirou fundo e disse.

―Me desculpe pelo pelas acusações que fiz naquele dia, eu estava muito atordoado com os problemas da empresa. Eu entrei em pânico quando notei que tinha esquecido o Eduardo e quando eu cheguei aqui ele não estava. Você não pode imaginar o meu desespero, então de novo, me perdoe? ― Ele me pareceu sincero no pedido, como recusar?

―Sim, eu desculpo pelo o que você falou, mais tem noção da acusação que me fez? Sabia que eu podia perder o meu emprego por sua causa? ─ disse me lembrando das explicações que tive que da naquele dia.

― Eu sei que passei dos limites naquele dia. Eu falei com a direção e perdi para esclarecer isso ― disse.

― É o mínimo que você pode fazer. ─ disse saindo, mas ele segurou meu braço.

― Preciso da sua ajuda ― disse ele.

***

Amo vocês demais

X.O

Oliver Porscher

O Irmão do Meu Aluno  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora