Noite Infeliz

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  Capítulo Dezoito - Noite Infeliz

A antevéspera de Natal chegou rápido. Os dias que se seguiram foram agradáveis, Rony e Hermione pareciam estar nas nuvens e o bom humor de ambos, que era uma raridade, se tornou constante. Era muito melhor os dois juntos novamente, não só para eles como para todos os amigos e colegas, até mesmo os bagunceiros apostadores de corridas nos corredores eram ignorados pela chefe dos monitores, que ria por qualquer motivo.

Um dos garotos do segundo ano se animou na corrida e derrubou o professor Snape mas saiu correndo antes que o diretor da Sonserina pudesse identificá-lo.

- Merlin, bendito seja! Eu realmente adoro esse clima de lua de mel em que vocês estão - Gina deixou escapar o pensamento, implicando com Rony, que simplesmente se virou para ela e respondeu com categoria.

- É, maninha, mas pelo menos eu não fico deixando ninguém ansioso - ela corou na mesma hora.

- Hey... - Harry protestou. - Também não é assim - Hermione deu uma risada. - Mione, até você? Você sabe que não temos tido tempo e...

- Potter - a voz anasalada de Snape interrompeu a discussão dos quatro, que se viraram para o professor de Poções.

- Sim professor? – respondeu, desanimado.

- Não foi culpa do Harry, professor. Eu deveria ter repreendido o menino que derrubou o senhor - Snape ergueu uma sobrancelha e encarou Hermione com desdém.

- Garota, na verdade esse não era o assunto. Mas de qualquer forma, menos vinte pontos para a Grifinória - Rony e Gina se entreolharam, indignados.

- Mas professor, o garoto era da Lufa-Lufa - Gina retrucou.

- É professor, nós vimos e... - Snape poderia perfurar aço com o olhar que lançou a Rony.

- Vocês dois, Weasley, querem fazer o favor de calar a boca? Menos dez pontos pela impertinência - pela irritação do professor Harry torceu para que nenhum dos amigos tentasse ajudá-lo mais no que quer que fosse que o professor quisesse com ele. - Reunião. Agora. Na sala do diretor - disse em tom superior, deixando os quatro para trás.

Eles ficaram curiosos mas não puderam deixar de rir do seboso professor, esfregando as costas e mancando pelo tombo.

- Isso realmente deve ter doído - Mione disse, sorrindo.

- Ele não pode reclamar de não ter as costas quentes - Rony emendou e os quatro riram alto.

- É melhor você ir vê o que é, Harry - Gina disse, cortando um pouco o clima de brincadeira. O namorado concordou e depois de dar um beijo de leve na testa dela seguiu pelo mesmo caminho que o professor de Poções tinha feito.

Harry entrou na sala mas para sua surpresa não estavam todos os membros da Ordem. Apenas Dumbledore olhava para fora da janela, pensativo.

- Ainda não começou, professor? - o diretor apertou os olhos e demorou a responder.

- Temo que já tenha acabado, Harry - o rapaz franziu a testa.

- Mas o professor Snape me disse que teria reunião com a Ordem aqui, na sua sala - Dumbledore faiscou os olhos azuis na direção do rapaz.

- Não Harry. O que ele disse, se ele realmente seguiu as instruções que lhe dei, e conhecendo Severo sei que seguiu, foi que você tinha que vir a reunião em meu gabinete - Harry concordou.

- Então, foi o que eu disse - o diretor sorriu.

- Não meu rapaz. A sua reunião não é com a Ordem e sim comigo - Harry arregalou os olhos. - Sente-se. Não vou lhe oferecer biscoitos como Minerva costuma fazer. A não ser que esteja com fome - o rapaz negou. Dumbledore deu a volta e sentou à sua frente. - Eu não vou me ater a rodeios pois eles não evitariam a realidade que tenho que lhe informar - Harry suspirou.

Harry Potter e o Crepúsculo da TríadeOnde histórias criam vida. Descubra agora