Nove meses depois: Abril de 2012.
Fui mais esperta esse ano que no anterior. Era o último ano de colégio e eu queria estar mais tranquila à medida que se aproximasse do fim, e estudei o ano todo pra não ficar sufocada agora. E eu tinha notas muito boas, obrigada.
Vamos aos fatos: Amber tinha sim voltado ao ruivo (que fez um baita sucesso entre os rapazes da escola), pintando sobre preto até que a cor natural foi reaparecendo pela raiz; ela Meg, Jason e eu ficamos muito populares depois da festa de arromba que eu tinha promovido no aniversário de Jason; Jake (o idiota loiro da festa) apareceu muito a contra gosto pra me pedir desculpas, e digamos que eu mandei ele tomar naquele lugar; o aniversário de Tony esse ano tinha sido muito tranquilo, e Rhodes agora usava o armamento sob o codinome de Máquina de Combate; uma torre gigante estava sendo construída em Nova York e exibiria o nome Stark, e eu ainda não tinha ido ver porque, digamos, que Nova York era do outro lado do país. E estava tudo bem com todo mundo.
Quer dizer, eu achava que estava tudo bem, até Nick Fury aparecer na minha casa.
A única vez que eu tinha visto ele havia sido mais de um ano atrás, mas parecia que não tinha se passado nem um mês. Acredite, eu sempre me lembraria de um homem como aquele (sobretudo pelo tapa-olho).
Estava no meu quarto assistindo qualquer filme deitada no meu mega urso de pelúcia quando JARVIS me pediu pra descer, e quando o fiz me deparei com Tony e Fury no meio da sala me esperando.
-Olá, srta. Stark. Já faz um bom tempo - disse o moreno.
-É, faz sim. Algum problema? Porque na última vez que eu te vi, ele estava morrendo - apontei pra Tony.
-Eu estou bem, obrigado - meu pai respondeu.
-Preciso falar com você - esclareceu - A sós - completou.
Tony se fez surpreso.
-Estou sendo expulso da minha própria sala de estar?
-Tudo bem, pai. Pode ir.
Ele torceu o nariz e se dirigiu pra oficina, mas eu sabia que ele só tinha ido porque eu o chamei de "pai". Era como se ele agisse diferente conforme eu o chamava: "Tony" e ele era meu amigo de fé, meu irmão camarada; mas "pai" o tornava mais doce e atencioso, o carinho em pessoa.
Fury abriu a boca pra falar mas eu fui mais rápida.
-Se quer uma conversa realmente particular, melhor irmos pra outro lugar. Aqui as paredes têm ouvidos.
-Apenas não quero ouvir os comentários dele durante a conversa - e eu não pude conter um risinho.
-Nesse caso, sente-se - indiquei o sofá, e ele prosseguiu quando estávamos acomodados.
-Primeira coisa: tudo o que vamos falar aqui é confidencial.
-Tony está ouvindo - lembrei.
-Ele iria saber a história de qualquer jeito.
-E por que vai me contar?
-Porque preciso de você - disse sério - Sou o diretor da Shield. Imagino que Tony já tenha lhe falado sobre isso.
-Pouca coisa.
Na verdade Tony tinha me dito algumas coisas sobre a Shield. Disse sobre um projeto de equipe, para o qual ele era candidato, mas não passara pela avaliação que Natasha fez da personalidade dele. E, francamente, ela não estava lá muito errada. Era difícil lidar com Tony.
-Seu avô, Howard Stark, foi um dos fundadores da organização. Ele financiou e participou de vários projetos. Um deles era uma fórmula para criação de super-soldados. Depois de algum tempo de pesquisa e aperfeiçoamento nessa fórmula, o projeto gerou resultados. Um único super-soldado.
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Pequena Stark
FanfictionPassar a morar com meu pai recém conhecido não seria fácil, agora imagine que esse pai é Tony Stark... Embarcar num novo mundo e novos círculos sociais não seria tão difícil, porém muito mais coisa diferente entraria na minha vida, que agora passava...