Capítulo 22

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Levanto da cama assustada, olho no relógio e vejo que são 8:40, não pode ser! Não, não, NÃO! Não acredito que acordei tarde assim! Eu já dormi muito mais tarde que na noite anterior e consegui acordar sem problema algum! Agora vou ter que faltar a faculdade, em plena quarta feira!

Sento na cama e pego meu relógio na mão, percebo que não está programado para despertar nas quartas e nas sextas, como isso é possível? Eu lembro de ter programado assim que James me deu o trabalho.

- Mas quem foi que mexeu no meu relo... - Penso um pouco - LOURENÇO! -Grito mesmo sabendo que não tem, ninguém em casa.

Caminho até a minha janela e vejo meu carro do lado de fora, meu pai deve ter tirado ele para tirar o seu da garagem e ir ao trabalho, já que como cheguei por último ontem a noite, meu carro estava atrapalhando a passagem, por que ninguém me acordou? Que mãe em sã consciência não acorda um filho(a) pela manhã? Ainda mais em dia de aula? A MINHA! Saio da janela e vou arrumar minha cama, parece que eu vou ser obrigada a ter o dia só para mim hoje.

Quando estou terminando de organizar os travesseiros ouço um barulho na cozinha, mas especificamente o da geladeira sendo aberta. Largo de qualquer jeito meu travesseiro com estampa da fórmula de bhaskara, que ganhei do meu pai quando tinha quatorze anos, após encerrar o ano com 10 em matemática em todos os bimestres, aquele realmente foi um ótimo ano. Abro a porta do quarto e coloco metade do corpo para fora

- Mãe? - Chamo, ninguém responde - Pai? - Espero um momento e novamente ninguém responde - Lourenço, é você? - Nenhum um ruído sequer - Olha aqui seu pirralho, se for você e melhor correr viu? - Saio do quarto e caminho para cozinha, o chão está bem frio, ainda mais quando se está descalça. Chego na cozinha e a geladeira ainda está aberta, vejo alguém agachado mexendo nela. - EI! - Grito - Ah, cara! Eu não to acreditando nisso, que diabos você está fazendo na minha casa, James? - Agora já em pé, ele sorri e passa a mão na cabeça.

-Oi! - Ele diz ainda sorrindo - Casa legal - Cruzo os braços - Acho fui pego no flagra, não é?

- James, vou repetir a minha pergunta - Faço uma pausa - Que diabos, você está fazendo AQUI! - Grito.

- Na verdade, você falou "Que diabos você está fazendo na minha casa" e não "Aqui"

- Não importa, o sentido é o mesmo!

- Se você diz - Dá de ombros - Quem sou eu para falar alguma coisa.

-Eu não vou repetir de novo, James!

- Bom - Ele começa a mexer nas coisas do armário - Eu estava indo para a Acrux, passei por aqui e vi seu carro fora, olhei o relógio e pensei "Ela não devia está na faculdade?" Então eu resolvi vir aqui.

-Ah, claro! Você vem, entra na minha casa, mexe em tudo - Começo a arrumar as coisas que ele bagunçou - Simples assim? - Viro e ele já não está mais na cozinha - James?

-Oi - A voz vem da sala, caminho até lá e vejo ele sentado no sofá, bem a vontade por assim dizer.

- James, o que você acha que tá fazendo? - Cruzo os braços.

- Eu estou sentado? - Diz debochado.

- Isso eu sei, mas por que qu... - Sou interrompida pelo toque do telefone, que fica na mesinha ao lado do sofá, ele me dá um sorriso maroto - James, não pense nisso! - Antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele já estava em pé com o telefone na mão.

- Residência dos Clark, quem gostaria? - Ele fala sorrindo, não acredito que ele está fazendo isso - Não se encontra no momento, gostaria de deixar recado? - Pulo por cima do sofá para tentar tomar o telefone, mas ele foi mais rápido, deslizou para o outro lado - Não, o Lorenzo não se encontra também (...) Quem sou eu? Dá família obviamente! (...) Por que Impossível? (...) Clarisse? - MEU DEUS! É a Ceci!

Na Mira do AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora