Capítulo 25

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Por volta das onze horas, Sara, Allan e os pais despediram-se e foram para casa. Logo depois, Emily despediu-se e Gabriel seguiu para acompanhá-la até em casa. Aparentemente, parece que ela tinha conseguido o que queria. Quando Gabriel retornou, Simon achou que seria melhor ir embora e deixar que eu aproveitasse o tempo restante com minha família, visto que no dia seguinte eles já retornariam para o Brasil. Particularmente, eu gostaria que ele pudesse ficar, pois havia sentido muito a sua falta durante o dia inteiro e depois do jantar, com todos os convidados e as apresentações, acabamos não tendo muito tempo para conversar a sós.

- Foi um grande prazer conhecê-lo, Sr. Miller – Simon despediu-se, apertando a mão do meu pai.

- O prazer foi meu, Sr. Grant.

- Por favor, me chame de Simon.

- Tudo bem – meu pai concordou, com um sorriso mais amigável. - Espero que a gente se encontre em breve, Simon.

- Faremos o possível para isso. Daniel. Senhorita – Simon disse, dirigindo-se a Júlia. - Foi um prazer conhecer a ambos.

- O prazer foi nosso, Simon – Daniel disse. – Gabriel. Victor – meu irmão os cumprimentou.

- Até breve – Gabriel declarou.

Acabadas as despedidas, segui com Simon para a varanda e finalmente tivemos nosso momento a sós. Discretamente, Victor aproximou-se, entregou-lhe rapidamente uma bolsa de papel semelhante a que Gabriel me dera, e depois partiu em direção ao carro, onde, juntamente com Gabriel, ficou aguardando a Simon.

- Feliz aniversário, amor! – Simon disse, suavemente, entregando-me a embalagem.

- Obrigada, querido – agradeci, aproximando-me para beijá-lo, com a saudade já batendo forte no peito. A percepção disto foi suficiente para que seu beijo passasse de suave para arrebatador. Uma de suas mãos mergulhou em meus cabelos e com a outra espalmada em minhas costas, ele me manteve pressionada contra o seu corpo.

- Oh, Simon... – murmurei, ofegante.

- Eu sei, amor. Eu sei – sussurrou, entre meus lábios, afastando a cabeça ligeiramente para me olhar. - Olha, conhecer sua família esta noite foi muito importante para mim – confessou, segurando meu rosto entre as mãos. - Eu nunca passei por nada parecido. Eu tenho que admitir que quando vi seu pai, ele me pareceu bem intimidador – declarou, e sorrimos juntos.

- Eu sei, mas você foi muito bem. Ele gostou de você – o encorajei.

- Parece que sim. Eu também gostei dele. Ele me pareceu ser um homem muito bom e honrado, e por pouco eu não pedi sua mão em casamento a ele hoje mesmo.

Minha respiração praticamente parou.

- Simon! Não brinca com uma coisa dessas! – exclamei, surpresa, colocando uma mão sobre o coração, que agora batia disparado, parecendo que ia sair pela boca.

- Acredite, Ana, se você fosse minha esposa, me pouparia o sacrifício de ter que esperar até amanhã a noite para tê-la em meus braços – ele declarou. Com o olhar profundamente perturbador, eu não soube dizer se ele estava falando sério ou não. - Eu realmente gostaria muito de passar a noite toda com você hoje, mas acho que não seria muito justo com a sua família. Então preparei uma noite especial só para nós dois amanhã – avisou, com a voz envolvente.

- Sério?

- Ah, sim, minha querida – confirmou, com um sorriso. - E a única coisa que eu posso adiantar é que nossa noite vai começar com uma apresentação da orquestra sinfônica, no Symphony Hall.

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