capítulo 29

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Quase acreditei naquilo.

À primeira impressão, niall - ele queria ter certeza de que eu sempre o chamaria por aquele nome, de que jamais haveria um tropeço - parecia estar absolutamente certo. Eu tinha que recuar.Não sabia de todos os detalhes, claro. Não sabia qual era o verdadeiro negócio da Novo Começo.
Não sabia com certeza por que louis havia desaparecido ou para onde tinha ido. A verdade era que
nem sequer sabia se estava vivo. A polícia de Nova York desconfiava que ele estivesse morto, mas eles provavelmente imaginavam que, se caras como Danny Zucker e zayn Malik querem ver uma pessoa morta, alguém como louis não sobrevive e fica fora do radar durante seis anos.

Havia mais coisas que eu não entendia: como a Novo Começo funcionava, como o centro de
treinamento era retiro também, sobre Jed e Cookie, ou que papel cada pessoa desempenhava naquela organização. Ignorava o número de pessoas que tinham ajudado a desaparecer, quando haviam começado, embora, de acordo com o relatório sobre obras de caridade, tudo tivesse começado vinte anos antes, quando Stanley lucas ainda era estudante. Mas ainda havia muita coisa que eu não sabia. Isso não tinha mais importância. O que interessava agora, claro, era que vidas estavam em jogo. Entendia o juramento e que aqueles que haviam feito tantos sacrifícios e corrido tantos riscos matariam para se proteger e defender seus entes queridos.

Havia também o conforto tremendo de saber que o relacionamento com louis não fora uma mentira, que ele tinha, ao que parecia, sacrificado o amor mais verdadeiro da minha vida a fim de nos salvar. Mas esse reconhecimento e a total impotência que o acompanhava cravava uma faca no meu coração. A dor estava de volta - diferente talvez, porém mais forte ainda. Como diminuir esse sofrimento? Acho que todos já sabem. Niall e eu fomos para o Bar Biblioteca. Não precisávamos fingir dessa vez que cair nos braços de um estranho ajudaria.

Sabíamos que só amigos como Jack Daniel's e Ketel One poderiam apagar, ou ao menos borrar, imagens tão torturantes. Estávamos já bem imersos na nossa amizade Jack-Ketel quando fiz uma pergunta muito simples:

- Por que não posso ficar com ele? - Niall não respondeu. De repente ficou fascinado com algo no fundo do seu copo. Tinha esperança de que eu fosse deixar passar, mas não. - Por que não posso desaparecer também e viver sozinho com ele?

- Porque não - disse ele.

- Porque não? - repeti. - Quantos anos você tem, 5?

- Você ia querer fazer isso, harry? Parar de dar aula, desistir da sua vida aqui, todas essas coisas?

- Sim - falei sem hesitar. - Claro.

Niall olhou de novo para o copo.

- É, entendo - disse ele, numa voz muito triste.

- E então? - indaguei. Niall fechou os olhos.

- Lamento, mas você não pode.

- Por que não ?

- Por duas razões - respondeu ele. - Primeira, porque isso não se faz. É parte das regras, de como compartimentamos as coisas. É muito perigoso.

- Mas eu poderia - falei, ouvindo o tom de súplica na minha voz arrastada. - Já são seis anos.Posso me mudar para o exterior ou...

- Você está falando alto demais.

- Desculpe- murmurei

- harry?

- Sim?-Ele me olhou nos olhos.

- Essa é a última vez que falamos disso. Sei como é difícil, mas você tem que me prometer que não vai mais levantar a voz assim. Está entendendo?- Não respondi diretamente.

seis anos depois ➡ l.s. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora