Os homens se espalharam, abaixados.
Jed enfiou a mão no bolso e tirou a caixinha de comprimidos. Abriu-a e atirou a cápsula para mim.- Não quero isso - falei.
- Eu estou com a arma. Vou tentar contê-los. Você procura um jeito de escapar. Mas se não conseguir...
Lá de fora, ouvimos Danny gritar.
- Só tem um jeito de se livrar desta! É sair com as mãos para cima.
Nós tínhamos nos deitado no chão.
- Você confia nele? - perguntou Jed.
- Não.
- Nem eu. Eles não vão nos deixar vivos de jeito nenhum. Tudo que estamos fazendo neste momento é lhes dando tempo para planejar algo. - Ele começou a se levantar. - Procure um caminho para fugir pelos fundos, harry. Vou mantê-los ocupados.
- O quê?
- Vá!
Sem nenhum aviso, Jed quebrou o vidro da janela e começou a apertar o gatilho. Em segundos, eles revidaram o fogo, acertando a lateral da casa e quebrando o restante da vidraça. Cacos de vidro caíram sobre mim.
- Vá! - gritou Jed.
Não houve necessidade de ele me dizer aquilo pela terceira vez. Rastejei em direção à porta dos fundos. Essa era a minha única chance. Jed começou a atirar às cegas, mantendo as costas contra a parede. Entrei na cozinha, ainda deitado sobre o piso. Cheguei à porta dos fundos. Ouvi Jed soltar um grito de comemoração.
- Acertei um!
Ótimo. Faltavam quatro. Mais tiroteio. Pesado agora. As paredes começavam a ceder, com as balas penetrando e enfraquecendo a madeira. De onde estava, vi Jed ser atingido uma e, em seguida, outra vez. Comecei a rastejar de volta em sua direção.
- Não! - gritou ele.
- Jed...
- Não se atreva! Saia daqui agora!
Queria ajudá-lo, mas percebi também a inutilidade do gesto. Não poderia ajudá-lo em nada, seria apenas suicídio. Jed conseguiu se pôr de pé, encaminhando-se para a porta da frente.
- Ok! - gritou ele para fora. - Eu me rendo.
Estava com a arma na mão. Virou-se, olhou para mim, piscou e fez um gesto para eu ir embora. Olhei pela janela dos fundos, preparando-me para correr. A casa dava para uma área
arborizada. Poderia entrar naquele bosque e rezar para tudo dar certo. Não tinha outro plano. Pelo menos, nada que me ajudasse de imediato. Peguei o celular e liguei-o. Havia sinal. Liguei para a emergência enquanto olhava pela janela Um dos homens estava na parte de trás, à esquerda, cobrindo a porta. Merda.- Pois não, qual é sua emergência?
Disse rapidamente à telefonista que havia um tiroteio e ao menos dois homens feridos. Dei-lhe o endereço e abaixei o telefone, deixando a linha aberta. Atrás de mim, ouvi Danny Zucker gritar:
- Ok, largue a arma primeiro.
Acho que vi um sorriso no rosto de Jed. Ele estava sangrando. Não sabia a gravidade do ferimento, se era fatal ou não, mas ele sabia que sua vida estava acabada, não importava o que
fizesse. Com isso, parecia lhe ter vindo uma estranha sensação de paz. Ele abriu a porta e começou a atirar. Ouvi um homem gritar de dor - talvez outra das suas balas tivesse atingindo o alvo - e depois o estalido seco de uma pistola automática despedaçando carne. De onde estava, vi o corpo de Jed cair para trás, os braços levantados como numa dança macabra. Ele desabou dentro da casa. Mais balas o atingiram, sacudindo seu corpo sem vida. Estava acabado. Para ele e provavelmente para mim também. Mesmo que Jed tivesse conseguido matar dois deles, haveria ainda três, vivos e armados. Que chance me restava? Calculei as possibilidades em nanossegundos. Quase nenhuma. Só tinha uma alternativa, na verdade. Protelar e protelar até a polícia conseguir chegar lá. Pensei em como estávamos longe de tudo. No trecho íngreme pela estrada de terra. E em que não havia nenhuma casa num raio de quilômetros, em torno daquele lugar.
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seis anos depois ➡ l.s. (Finalizada)
FanficHarry e Louis se conheceram no verão. eles estavam em roteiros diferentes, porem próximo um do outro. o de Harry era escritores;o de Louis pra artistas .eles se apaixonaram e juntos, viveram os melhores messes de suas vidas. e foi por isso que Harry...