capítulo 31

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Do outro lado da linha, ouvi a Sra. Dinsmore suspirar.

- Você não está suspenso?

- Você está com saudade de mim. Confesse.

Mesmo no meio dessa combinação crescente de horror e confusão, ela me fazia sentir com os pés no chão. Havia poucas constantes. Implicar com a Sra. Dinsmore era uma delas. Era reconfortante me agarrar à minha própria versão de ritual, enquanto o restante do mundo girava loucamente.

- A suspensão inclui telefonar para o corpo de funcionários da universidade - disse ela.

- Mesmo que seja só para fazer sexo por telefone?

Podia sentir seu olhar de desaprovação a 250 quilômetros de distância.

- O que você quer, engraçadinho?

- Preciso de um grande favor - falei.

- E em troca?

- Você não ouviu o que eu disse sobre sexo por telefone?

- harry?

Acho que ela nunca tinha me chamado pelo primeiro nome.

- Sim?

Sua voz se tornou carinhosa de repente.

- Qual é o problema? Receber suspensão não é do seu feitio. Você é um exemplo aqui.

- É uma história muito longa.

- Você me perguntou sobre o filho do professor Kleiner. Esse por quem você é apaixonado.

- Sim.

- Você ainda o está procurando?

- Sim.

- A sua suspensão tem alguma coisa a ver com isso?

- Tem.

Silêncio. Depois a Sra. Dinsmore pigarreou.

- Do que o senhor precisa, professor styles ?

- De uma ficha de aluno.

- De novo?

- Sim.

- Você precisa da permissão dele - disse a Sra. Dinsmore. - Já lhe disse da última vez.

- E como da última vez, o aluno já morreu.

- Ah - falou ela. - Qual o nome dele?

- Archer Minor.

Houve uma pausa.

- Você o conheceu? - perguntei.

- Como aluno, não.

- Mas?

- Mas me lembro de ler no Lanford News que ele foi assassinado alguns anos atrás.

- Há seis anos.

Dei partida no carro, mantendo o telefone colado ao ouvido.

- Deixe-me ver se estou entendendo - falou a Sra. Dinsmore. - Você está procurando Louis tomlinson,correto?

- Correto.

- E ao procurá-lo, precisou ver a ficha pessoal não só de um, mas de dois alunos assassinados.

Curiosamente, nunca havia pensado dessa maneira.

- Acho que sim - respondi.

- Sei que não é da minha conta, mas isso não parece muito uma história de amor.

seis anos depois ➡ l.s. (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora