Quatro meses já tinham se passado, o demônio Uchiha implicava comigo mais do que com qualquer pessoa naquela empresa. Ino foi promovida, agora era Gerente de Relações Internacionais, talvez pelo poder de persuasão. Assim, ele não tinha mais uma secretária exclusiva, porque as outras dez meninas que foram contratadas para o cargo pediram demissão na mesma semana, algumas no mesmo dia.
Parecia que Sasuke fazia questão de ser o pior carrasco para as pobres garotas que o Nagato tentava contratar. A última tentativa de contratar uma garota para o cargo não acabou muito bem, Sasuke estava impaciente e disse a Nagato que não queria mais uma assistente exclusiva, que não sabia se eles estavam brincando com a cara dele ou só não sabiam onde arranjar uma pessoa profissional para o cargo.
Então sobrou pra mim fazer o antigo trabalho de Ino. Ótimo Sakura, virar a secretária assistente que fazia tudo a toda hora pra aquele estupido. Ele fazia de tudo para me tirar do sério, reclamava que a sala de conferência não estava boa o suficiente e trocava de última hora para outra, só para eu ter o trabalho de arrumar outra sala exatamente igual a anterior e ele se sentir satisfeito com o meu trabalho dobrado.
Reclamava dos memorandos, notas e tudo que fosse possível reclamar sobre o meu trabalho, além de me levar sempre em suas reuniões e me fazer anotar tudo que se foi dito, mesmo tendo sempre a pessoa responsável pela ata da reunião. Enfim, ele gostava de me torturar. Eu já não ligava mais para as caras feias, com o aumento do salário eu aguentaria qualquer birra dele, e pelo andar das coisas ele tinha se acostumado com minha língua grande.
- Anotou tudo? - Sasuke perguntou assim que saímos da sala de reuniões da empresa que ele estava fechando negócio para uma nova construção da cidade.
- Que dia deixei de anotar uma vírgula de suas reuniões, chefinho? - Respondi com ironia. Ele já sabia que eu não admitia certas coisas calada e no momento eu era o melhor que ele tinha.
Ele me olhou de soslaio, com a feição séria entrando no carro. Assim como fazia em qualquer lugar que ele estivesse, sempre com o ar de superioridade, ele só tinha essa cara mesmo.
- Suspenda a reunião na sala 708, quero a conferência na última sala do andar. - Sasuke rompeu o silêncio fazendo mais uma de suas exigências ridículas. - Amanhã a refeição tem que estar impecável, assim como a sala, pare de abrir as cortinas, o ambiente escuro não dá espaço para distrações. - Ele me encarou com aquela cara de quem comeu e não gostou de sempre.
- A empresa foi construída com intuito de ser a mais sustentável do ramo. - Eu retruquei, se tinha uma coisa que eu odiava era a insistência em manter aquela vista coberta por cortinas. - Então as salas foram projetadas para utilizar a luz solar, é uma vergonha você como diretor mandar colocar cortinas para tapar a vista deslumbrante da cidade que os painéis de vidro proporcionam. - Respondi desenfreada.
- Eu não me lembro de ter solicitado uma aula sobre a planta do meu prédio, Haruno. - Sasuke retrucou levantando as sobrancelhas. - E não use seu perfume amanhã. Temos que fechar negócio. - Ele voltou a olhar seu celular.
Minha boca ficou entreaberta eu sabia que agora seria mais uma de muitas discussões com Sasuke Uchiha. Sempre que ele queria me ofender ele usava meu perfume como desculpa.
- O senhor quer saber o que eu acho?!.. - Comecei, porém não tive tempo de responder a minha própria pergunta.
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Faithfully
FanfictionOs opostos se atraem, mas os dispostos se completam. Estariam então dispostos a assumir seus sentimentos um pelo outro? " -O senhor quer saber o que eu acho?!..... -Não, não quero saber. Não faz diferença o que você tem a dizer. ...