Reconhecendo Território

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Eu nunca tinha ido na casa de Sasuke, e depois de começar um relacionamento com Gaara frequentei casas e apartamentos luxuosos, mas nunca um me surpreendeu tanto. Uma cobertura, em um dos prédios mais requintados da cidade. Duplex.

Me pergunto para que um lugar tão grande para morar sozinho. Ao passar pelo enorme portal tive a visão da sala. Fiquei com vergonha ao me lembrar do dia que Sasuke esteve em meu apartamento. Muito provável que aquela sala seria de metragem ainda maior que todo meu apartamento.

Tudo por ali era em tons neutros e muito organizado, cortinas cinzas e móveis brancos. A esquerda um enorme balcão negro, que separa a cozinha da sala. Pude ter a visão de utensílhos e eltrodomésticos de inox. Do lado direito a escada e um corredor escuro. Ao lado da porta um enorme quadro familiar, ali estavam Mikoto, Fugaku, Itachi e Sasuke. Bem parecido com o que tinha no casarão dos Uchiha, porém ali estavam retratados com Sasuke e Itachi ainda muito pequenos.

-Aprovado? - Sasuke me puxou dos meus devaneios, ouvi o barulho da tranca da porta.

-Uau, tão perfeito que parece psicótico. - eu estava realmente surpresa com aquele lugar, ele sorriu.

-TOC, psicopatia...não sei, ainda não fui diagnosticado.

-Eu não quis dizer isso. - sentia todo meu sangue subir as minhas bochechas.

-Tudo bem, - ele envolver minha cintura e beijou meu pescoço – mas deve se acostumar, vai passar muito tempo por aqui.

-Um pouquinho de cor não te faria mal. - Sentia seu peito bater em minhas costas, ele me conduzia até o corredor.

-Nada de mudar meu apartamento antes do casamento, lindinha.

Agora sentia o meu peito bater tão forte que salientava minha blusa, como ele estava rindo levei aquilo como uma brincadeira e apenas sorri de volta, falar de casamento com Gaara era algo normal, como falar sobre o que íamos comer durante o jantar.

Mas quando Sasuke pronunciou aquela palavra me senti como uma adolescente de dezesseis apaixonada pela primeira vez, aquele sentimento tão novo e arrebatador que achamos que nunca vai acabar e que nos obriga a fazer planos com o carinha para os próximos cinquenta anos.

-Está com fome? - Sasuke me parou diante de uma porta.

-Não.

Ele abriu a porta do que me pareceu ser o seu quarto, um enorme cômodo com uma cama tão grande quanto daqueles hotéis que ficávamos. As paredes eram brancas e de novo uma decoração cheia de cinza e preto. Inclusive o forro de sua cama, um forro sedoso e macio de cor negra. Sabia da textura pois eu já estava deitava na cama, Sasuke mantinha um ritmo lento em meus lábios, um beijo calmo e apaixonado. Naquele momento tinha certeza de que todos nossos sentimentos estavam sendo demonstrados no beijo que me roubava todas as forças.

Puxou meu lábio inferior e terminou aquele beijo em selinhos demorados, ao abrir meus olhos o encontrei, próximo o bastante para sentir sua respiração, seus olhos negros me observavam com um sorriso de canto. A única coisa que consegui fazer foi sorrir também, como podemos amar tanto uma pessoa que chega a doer. Naquele instante sabia que eu havia me perdido de vez, a certeza que eu já não tinha posse e nem controle dos meus sentimentos. Sasuke era o dono e o motivo da minha felicidade. Eu estava em suas mãos.

-Nada mais importa se eu estive do seu lado, - sua voz rouca soou como se lesse meus pensamentos – e pelas minhas contas ficaremos juntos até...a eternidade.

-Parece bom pra mim.

Sasuke tirou toda minha roupa deixando rastro de beijos por onde passava, explorou todo meu corpo lentamente com carícias torturantes. Passeou pelos meus seios, barriga, ventre, minha entrada e coxas. Me virou de costas e fez o mesmo deixando uma mordida em minha bunda. Eu já tinha gozado duas vezes e ele tinha intenção de continuar com aquela tortura.

O interrompi me afastando da cama, o levantei e tirei suas roupas fazendo o mesmo que ele, deixando beijos por onde passava. Depois de nu o fiz sentar na beira da cama e me ajoelhei, eu sabia como ele gostava daquilo, afinal foi ele quem me ensinou. O massageei, me aproximei e lambi de sua glande até a base do seu membro, fiz o mesmo caminho de volta, comecei a movimentar minha mão de acordo com o ritmo que usava minha boca. Suas mãos estavam entrelaçadas em meus cabelos, ele gemia, me chamava, meu nome saindo de sua boca era como um combustível para que eu intensificasse mais os movimentos.

Sasuke me avisou que gozaria, decidi que continuaria ali até que o fizesse. Não demorou muito e ele chegou ao ápice e continuei fazendo os movimentos com a mão, limpei o canto da boca sob seu olhar atento. Me levantei e o mantive na mesma posição. Me virei de costas e me encaixei entre as suas pernas. Ele já estava pronto novamente, beijou minhas costas e me abaixei lentamente até que seu membro tocasse minha entrada. Apoiei as duas mãos em meus joelhos e comecei a me movimentar até que seu membro me penetrasse totalmente. Fiquei naquela posição, alternando a velocidade das estocadas, ouvindo seus gemidos e soltando alguns lamúrios, sentindo ele puxar meu cabelo e me beijar até que gozassemos juntos.

Passamos o resto da tarde dentro do quarto, estava deitada no peito de Sasuke e pude ouvir ressonar, ele estava dormindo e eu também deveria fazer o mesmo, mas não conseguia. Levantei e sai do quarto. Passei a caminhar pelo corredor, a porta ao lado era escritório, no corredor também havia mais dois quartos de hóspedes e um banheiro social. A cozinha dava acesso a uma área de serviço e um pequeno, mas aconchegante quarto. Subi as escadas, de um lado uma academia e uma piscina que ficava numa espécia de sacada enorme, com uma área social. Na outra extremidade do segundo andar uma biblioteca, na mesa central alguns livros e uma coisa me chamou atenção, uma foto era usada como marcador de página.

Era uma foto minha, tirada enquanto estava distraída na praia de Lerici, e como eu reconhecia aquela roupa sabia que tinha sido batida em minha primeira viagem até a Itália com ele. Senti vontade de chorar, meu peito apertou e meu estômago reclamou todo aquele turbilhão que eu estava sentindo.

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