Fui parar àquele sítio que tinha descoberto quando Martim morreu. Aquele sítio que me fazia mais calma. Era ali que eu libertava todas as minhas mágoas. E sim, mais uma vez fui ali libertar mais um peso que sentia em mim.
Depois de tudo isto, fui para casa. Vi minha mãe a ver televisão. Cumprimentei-a e depois fui para o quarto. Sentei-me na cama e pousei uma almofada nas minhas pernas. Em tudo o que eu pensava, Niall estava incluído. Porquê? Porque é que em tudo o que eu penso, está sempre lá o Niall? Deitei-me na cama e depois de ter desligado a luz, pude sentir um beijo suave na testa. Era a minha mãe. Só ela é que sabe dar-me beijos assim. Então, acabei por adormecer ainda com os meus pensamentos postos em Niall.
Sábado, 19 de Novembro. Acordei perto da hora dor almoço. Já sentia o cheiro do almoço que a minha mãe me tinha deixado. Levantei-me da cama e fui almoçar. Hoje acordei sem quais queres preocupações. Não ia para a escola onde todos me derrubavam, menos Niall. Pois é, Niall. Aquele tal rapaz…
Fui arranjar-me para ir dar uma volta e saí de casa. Não sei bem para onde ia. Apenas queria espairecer, sair de casa por um bocado. Já me sentia cansada por isso, sentei-me num banco de um parque que estava ali por perto.
- Eu não acredito! – pensei eu um pouco envergonhada avistando Niall – Por favor Niall, não olhes para aqui! – escondia a cara disfarçadamente com as mãos.
- Carolina? És tu? – disse Niall um pouco surpreendido. Era aquele rapaz que eu não queria falar depois do que se tinha passado no outro dia.
- Ham… Ah! Niall! Tudo bem? – fiz um sorriso forçado
- Sim. E tu? – disse Niall
- Também. Bem, eu vou andando. - disse eu
- Não, espera! Não queres ir passear por aí? – disse ele um pouco envergonhado
Não esperava ouvir aquilo, por isso olhei com cara de espanto para ele. Eu já nem sabia se estava a sonhar.
- Sim pode ser.
Niall estendeu-me a mão e eu meti a minha por cima da dele. Fomos a uma praia. Passeamos à beira mar. Andei de mão dada com ele. Eu com ria-me com o que ele dizia. Ele realmente fazia-me feliz. À muito tempo que não me sentia assim.
