Passou-se uma semana, e pouco mudou. Minha mãe e Tiago estavam mais felizes que nunca, Josh já não me mandava cartas, e Niall… Niall apenas continuava afastado de mim. Cada vez mais perto de Mariana. O que será que eu fiz para merecer isto?
Hoje tinha teste de português. Fui para a escola mais cedo para me concentrar melhor. Sentei-me nuns bancos e revi a matéria. Desviei o olhar por uns segundos, e vi o que não queria ver. Vi-os a eles. Niall e Mariana. Só eles. Eles pararam mesmo à minha frente. Mariana meteu-se à frente de Niall. Agora sim, o meu mundo tinha caído. Niall aos beijos com a rapariga que mais odeio nesta escola. Ela beijou-o. Beijou-o talvez para me provocar, por não gostar de mim, por me julgar.
A campainha tocou, e eu saí dali a correr. Eles ainda não se tinham afastado um do outro. Não valia a pena estar irritada, porque aquilo já estava feito e não havia volta a dar. Ele gostava de Mariana, e eu tinha de aguentar com aquilo.
Entrei na sala e sentei-me no mesmo lugar do costume. Lá no fundo, para que ninguém me chateasse. Vi Niall a entrar, sentou-se bem longe de mim.
- Vamos a ver se a menina Carolina sobe a nota. – disse a professora chegando ao pé de mim para me entregar o teste.
Eu apenas peguei no teste e comecei a fazê-lo. Fazê-lo não! Porque eu mal conseguia concentrar-me.
- Vá Carolina, concentra-te! Não penses na porcaria daquele beijo! – pensei, esfregando as mãos na minha cara.
Peguei na caneta e tentei concentrar-me pela segunda vez. Li todas as perguntas e tentei fazê-las. E consegui! Consegui fazê-las sem pensar naquele beijo idiota.
- Ninguém escreve mais nada, vou recolher os testes! – disse a professora levantando-se – Muito bem Carolina, fizeste tudo! – disse ela vendo o meu teste.
Depois de a professora recolher os testes, eu fiquei ali sentada enquanto os outros saiam. Meus braços estavam apoiados na mesa, e a minha cabeça poiada nos meus braços.
- Correu-te bem? – disse alguém sentando-se na mesa da frente.
- Niall?! – interroguei surpresa.
- Sim, sou eu. – disse ele.
- Que fazes aqui? – disse confusa.
- Nada. Como estás? – interrogou-me e eu apenas encolhi os ombros indiferente.
- Eu vou indo. – disse eu levantando-me.
- Tudo bem… - disse ele olhando-me.
Eu saí dali à espera de ouvir um “’fica”, mas não foi o que aconteceu. Ele já não é quem eu pensava que fosse.
