Give Love a Try [Klaroline]

She Is Allowed To Have Fun

KLAUS'S POV
Levantei com uma ardência no lugar onde me cortei no dia anterior. Joguei água gelada e fiz um curativo qualquer, evitando ficar preocupado com esse e com o outro no pé. Graças a Caroline eu não poderia jogar futebol por algum tempo. Pensei em ligar para ela e fazer aquele jogo de "você me deve uma, então será minha motorista" enquanto não posso me garantir na direção. Depois desse pensamento idiota e sem noção, visto que ela estava aproveitando negativamente o chifre que tomou do Enzo, fiquei encarando a carta dentro da minha segunda gaveta. Pensei em tentar entregar novamente, mas ela não merecia sofrer mais. Voltei para a sala, ficando jogado no sofá da sala jogando vídeo-game.

- Não vai estagiar com o papai? - Rebekah parou no meio da televisão

- Bom dia, irmã. - sorri irônico, já puto por ela ter me forçado a parar o jogo - Podia perguntar se estou melhor dos cortes que sua amiga me fez, mas já estou melhor. Obrigado por perguntar.

- Corrigindo: você que se arriscou e tomou um corte. E o do pé foi mais acidental ainda. Não tente botar a culpa na Care, ela já está sofrendo demais e se culpando por tudo.

- Mas a culpa é dela por não ter prendido o cara. - dei de ombros - Se me permite, quero continuar o jogo.

- Não pense que sou idiota. Qual o motivo?

- Motivo...? - não entendi a pergunta dela

- Você e Caroline se falavam, mas quando ela começou a namorar o Enzo vocês se afastaram de uma maneira que não sei explicar.

- É a vida. - desconversei - Posso? - tentei novamente

- Você não me engana, Niklaus Mikaelson...

Ela finalmente saiu da frente da tela e soltei a respiração como um peso, jogando meu corpo mais para trás do sofá. Antes que eu pudesse me perder mais ainda no assunto, tratei de voltar a jogar e assim passei o resto da manhã.

CAROLINE'S POV
Mais um dia. Mais um dia que eu acordo e não me sinto animada para sobreviver o resto das horas dos dias que se arrastavam. Virei-me para o lado e vi minha mãe dormindo no sofá encostado na parede do meu quarto. Provavelmente, Stefan contou o que eu havia feito no dia anterior, mas tinha certeza de que não me livraria da bronca dos meus pais que estava por vir.

- Bom dia. - disse sem humor

- Como se sente depois de tentar se matar ontem? - senti a ponta de raiva em seu tom

- Mãe, estou bem e viva. - revirei os olhos

- Caroline, tem noção do que fez? Tentar tirar a vida por causa de um ex-namorado que não vale o chão que pisa? Se não fosse o Klaus, não sei o que teria acontecido.

- Eu estou aqui, não estou? Pronta para mais rasteiras da vida e aventuras.

- Já agradeceu ao Klaus por te salvar de cometer essa loucura? Deveria deixar essa birra que tem com ele de lado.

- Não tenho birra nenhuma com o Klaus. Há séculos que ele não me trata direito e ajo do mesmo jeito com ele. - odeio ficar voltando nesse assunto

- Seu pai está na mesa e quer conversar com você.

Ótimo, tiraram o dia para me darem uma lição de sobrevivência. Escutei meu pai falando uns vinte minutos sobre eu precisar sair de casa e distrair a cabeça, mas meu pensamento estava mesmo em voltar para minha cama e fugir da conversa. Quando eu estava decidida a sair da mesa, ele veio com o assunto de internação. Meu corpo gelou por inteiro, meus olhos arregalaram-se num pulo e eu fiquei imóvel. Eu aceitaria qualquer coisa, menos ficar internada. Gritei com meu pai e acabei discutindo com ele. Sem cabeça para mais nada, peguei o carro e dirigi até a casa de Rebekah, já ligando para Elena e Hayley me encontrarem lá.