Capítulo 16

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Ele

- O quê ?! - Não consigo evitar e fico corado.

Ela simplesmente sorri e coloca seus braços sobre meus ombros.

O que eu faço ?! Estava quase pirando quando ela cola os lábios nos meus.

Ela

Emmet certamente me surpreendeu, quero dizer.. Eu não pensei que seria como cinco anos atrás mas passou pela minha cabeça que ele seria calmo e devagar.

Bom, foi bem diferente, depois de uns minutos pude ouvir sua respiração acelerar, ele desceu suas mãos e as deslizou pelas curvas do meu corpo, me puxando para mais perto até nossos corpos ficarem totalmente grudados.

Andamos até a cama lentamente, sem desfazer o beijo.

(...)

- Por que me beijou aquele dia ? - Pergunto enquanto brinco com seus dedos.

- Está falando de cinco anos atrás ? Eu estou me perguntando por que me beijou hoje. - Rimos. - Te beijei porque eu gosto de você.

- Eu também. - Levantei o rosto e fiquei olhando em seus olhos.

- O que tinha naquele bilhete ?

- Bom, é uma carta de uma suicida, obviamente havia coisas que uma suicida diria.

- Ah, entendi..

Um grito estridente veio da sala.

- Nath, outra vez.

- Vou ir lá. - Digo levantando enrolada no lençol.

- Vai não, ela está bem. - Ele me puxa.

- E se não estiver ? - Beijo o canto de seus lábios.

- Está sim.

- Vou ir ver. - Sorrio e vou até o banheiro.

- Volte logo ! - Ele exclama.

Visto o blusão do Emmet e minha bermuda jeans.

Vou até a porta do quarto e a abro.

- Marcy ! - Me viro. - Eu te amo.

Antes que pudesse dizer algo, outro grito (Dessa vez mais alto.) vem da sala. Apenas sorrio e fecho a porta.

Ele me ama, quero dizer.. Eu sei que ele me ama, sempre soube, mas eu achava que era um tipo de amor diferente, sabe..

Do jeito que se ama um irmão..
Bom, isso não importa, digo o passado não importa, o mundo mudou temos que acompanhar esse ritmo.

A verdade é que eu também te amo Emmet Berdy. Sempre amei.

(...)

Chego na sala e vejo a Nath sentada no sofá, estava com o olhar perdido e não parava de chorar. Jake estava ao seu lado acariciando seu ombro e dizendo coisas confortantes.

- O que houve ? - Pergunto me sentando ao lado dela.

- Ela não pode ver nenhum tipo de arma.

- Isso vai passar ?

- Eu vi no jornal uma vez que muitos soldados voltam para suas casas traumatizados, eles viram muitas mortes, sabe.. Entram em depressão.

- Mas eles melhoram né ?

- Bom, digamos que eles acabam cometendo suicídio. - Mas não se preocupe, vou cuidar dela.

- Vai ficar tudo bem Nath. - Encosto minha testa na dela.

Ele

Esse definitivamente é o melhor dia da minha vida, tudo bem que nessa mesma semana eu quase fui morto por canibais loucos e a Nath acabou atirando em dois deles e agora está traumatizada.

Mas.. Tirando tudo isso, eu e a Marcy.. Bom..

Eu não sei se foi mesmo o momento certo mas eu consegui dizer que realmente amo ela.

Estava perdido em meus pensamentos quando ouço o som da porta abrir.

- Ainda deitado ? - Ela pergunta sorrindo.

- Estava na esperança de você voltar. - Digo me sentando.

- O que acha de irmos dar uma volta ?

- Tem certeza ?

- Por que ?

- Bom, da última vez que a gente deixou o Jake e a Nath sozinhos o hospital foi invadido por vários andarilhos.

- Quer arriscar ?

- Claro que sim ! - Ela me beija.

Ela

- Você sabe que precisa se vestir para sair em público né ? - Digo me referindo ao fato de ele estar saindo apenas de roupa íntima.

- Você sabe que o público são de mortos.

- Mortos-vivos sem falar que Jake e Nath estão lá na sala. - Dou risada.

- Ah, verdade..

- Mas até que não está tão ruim.

- Então vou ficar assim. - Ele se aproxima.

- É brincadeira ! - Dou risada. - Talvez não seja, mas vamos logo antes que anoiteça.

(...)

- Vocês vão sair ?! - Jake nos para enquanto cruzamos a sala de estar.

- É o que parece. - Emmet revira os olhos e me puxa.

- Vão abandonar a Nath nesse estado ?

- Não estamos abandonando ninguém ! Só precisamos ver o que encontramos.. - Digo já perdendo a paciência.

- Ah, claro, vão encontrar a morte.

- Tá Jake, tchau. Vou lembrar dessa sua fala quando estiver voltando com a mochila cheia de suplementos. - Emmet murmura.

Descemos até a saída do prédio e seguimos reto até o centro da cidade.

- Apesar de tudo o Jake ainda gosta de você.

- Quer mesmo falar do Jake agora ? - Entrelaço nossos braços.

- Não, não mesmo.

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A Cura é o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora