A Arte de Amar

Surpresinha

Helooo!
Mais um capitulo Bomba.
Pra vocês! Espero que gostem.
bjsss

Jeanne

Já faz um mês que estou na faculdade. Desde então, muita coisa vem acontecendo e eu me sinto feliz, por estar finalmente fazendo meu sonho acontecer.

No entanto, essa calmaria toda da Rafaela tem me deixado em alerta. Ela fica tentando se aproximar de mim, mas eu não permito, o que acaba gerando um conflito com o Enzo. Ele simplesmente não vê maldade nela, e isso me irrita. A garota é tão falsa, que está escrito na sua testa, com letras florescentes. Só o Bom Samaritano Enzo que não enxerga o óbvio.

Talvez seja paranoia da minha cabeça, mas tenho certeza que ela está planejando alguma coisa. Não sei o porquê de tanto ódio, mas a Rafaela jamais gostou de mim. Somos primas, porém nunca fomos apegadas. Nem na infância.

_ Você anda distraída. -- Franciele comenta chamando minha atenção. Estamos no meio de uma aula teórica. Ela tornou-se uma boa amiga, desde que entrei na Faculdade.

_ Estou pensando. -- exclareço passando a mão pelo meu cabelo.

_ No Enzo, imagino. -- conclui com um sorriso brincalhão em seus lábios.

_ É, nele também. -- dou de ombros e solto um breve suspiro.

_ E sua prima, continua na Empresa? -- indaga assumindo uma expressão irritada.

_ Infelizmente. Mas, o Enzo insiste em dizer que ela é indiferente à ele. -- reviramos os olhos ao mesmo tempo.

_ Ou ele é cego, ou não quer ver. Fala sério! -- Franciele comenta totalmente incrédula.

_ Perto dele, ela é um anjo. Quem pode culpá-lo? A Rafaela é uma boa atriz, aliás ela devia seguir carreira. -- falo irritada com a situação.

_ Os papéis de vilã seriam dela, com certeza.

Rimos. Realmente seria dela mesmo.

* * *

Chego em casa depois de um dia cansativo e vou logo para a cozinha. Meu pai está parado no meio da sala, com um papel na mão e uma expressão preocupada no rosto.

Aproximo-me dele.

_ Pai? -- chamo tocando seu ombro.

_ Ah, oi filha. Como foi na faculdade? -- questiona guardando o papel no bolso da calça jeans.

_ Foi bom. Está tudo bem? Você parece preocupado.

_ Tudo ótimo. -- ele força um sorriso. -- Sua mãe deixou comida feita. Tenho que ir para o trabalho, até mais.

Meu pai beija minha testa e sai para o trabalho. Fico olhando para a porta, por onde ele acaba de sair, com a certeza de que há algo errado.

[...]

_ Não deve ser nada, amor. -- Enzo fala acariciando meu braço. Estamos deitados no sofá, conversando sobre o episódio com meu pai.

_ Por que ele esconderia o papel, então? -- pergunto retoricamente, pensativa.

_ Aí eu não sei. -- Enzo beija minha testa e levanta-se, para virar-me na sua direção. -- Mas, tenho uma coisa pra você.

_ Coisa? -- indago curiosa.

Ele vai até sua mochila, deixada sobre o outro sofá e retira uma caixa de lá de dentro. Ajeito-me no sofá e recebo o embrulho de suas mãos.

_ É uma bobagem, mas não resisti e comprei. -- Enzo avisa apreensivo.

Rasgo o embrulho e abro a caixa, com cuidado. Minha boca transforma-se em um perfeito "o", ao dar de cara com um belo vestido branco de renda e uma rasteirinha da mesma cor. São lindos.

_ O que é isso, Enzo? Não precisava.

_ O ano está acabando e iremos passar a virada na Casa de Praia dos meus pais, então eu vi essa roupa e comprei. Tinha um salto, mas não achei apropriado para a praia, então... -- diz analisando meu semblante.

_ Eu adorei, obrigado. -- selo nossos lábios em um selinho e o abraço.

_ Imagina. Vou te dar muitos desses, bem mais bonitos. E nem pense em rejeitar. -- avisa fingindo estar bravo.

_ Nem pensei nessa hipótese.

Rimos e Enzo me beija, mais uma vez.

DIM! DOM!

Levanto-me afastando nossos lábios e ele solta um suspiro resignado. Rindo, giro a maçaneta da porta, abrindo-a. Meus olhos faltam sair de órbitas, ao dar de cara com Nicolas.

[...]