Sequestro?

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Jeanne

__ Você devia vir comigo pra festa. - Enzo fala, me beijando na bochecha.

__ Não dá, tenho que estudar pra prova da faculdade. - lamento, passando os braços em volta do seu pescoço.

__ Ah, esqueci que você é nerd. - ele brinca e eu o acerto um tapa. - Ai! Só brincando.

Beijo-o e depois empurro para longe, indo deitar-me na cama.

__ Vai lá pra sua festa. - falo pegando o livro sobre a mesinha de cabeceira.

Enzo ajeita o paletó e vem na minha direção, inclina-se e sela nossos lábios, iniciando um beijo terno.

__ Eu te ligo, quando chegar em casa. - promete caminhando para a saída.

Assinto e ele me lança um beijo, em seguida sai fechando a porta atrás de si. Suspiro, soltando um sorriso bobo e começo a ler a matéria da prova.

•••

Após um tempo estudando, Elisa chega e decidimos assistir um filme. Vou para a cozinha fazer pipoca caramelada, enquanto ela fica no quarto olhando os filmes que estão passando na Sky.

Coloco a pipoca para fritar e me apoio na pia, com o celular na mão, zapeando as minhas fotos recentes.

__ Isso é ridículo, Elias! - ouço a voz alterada de minha mãe e logo após, a porta da frente sendo batida com força. - Você mentiu pra mim, todo esse tempo!

__ Eu não menti. Só quis te poupar de uma dor de cabeça desnecessária. - meu pai se defende.

__ Somos casados. Os seus problemas, são meus também.

__ Carla. - meu pai suspira cansado. - A Jeanne deve estar em casa, não vamos brigar.

__ Ela já está bem grandinha, Elias. Tem maturidade suficiente para ouvir as safadezas que você fazia comigo! - minha mãe fala indo em direção à escada. Ando até a porta da cozinha, mas encontro a sala vazia.

Do que eles estavam falando?

__ Achei aquele filme que a gente queria assistir. - Elisa comenta do topo da escada. - Que foi? - ela indaga me analisando.

__ Tá bem, vou pegar a pipoca. - falo voltando para a cozinha, meio atordoada.

[...]

Após o filme, acompanho a Elisa até a esquina e paro em um carrinho de cachorro-quente. Faço meu pedido e fico jogando conversa fora com a filha da minha vizinha, enquanto sua mãe prepara meu lanche.

Está uma noite muito bonita e vários casais passeiam pelo parque. Encaro a tela do meu celular, lembrando-me de Enzo. Já são quase 11h da noite e ele ainda não me ligou. Achei que a festa fosse rápida, como Enzo mesmo havia dito.

__ Seu lanche. - Sheila fala me entregando-me o pacote. - Algum problema, Jê?

__ Não, nenhum. - pego o lanche e me afasto um pouco da barraca. - Obrigado. A gente se vê.

__ Até mais.

Caminho de volta para casa, comendo o cachorro-quente e checando se há alguma nova ligação do Enzo. Mas, nada acontece.

Empurro o portão e adentro o quintal, sentindo um frio na espinha, como se alguém estivesse me observando. Viro-me e olho toda a rua, mas não encontro nada suspeito. Dou de ombros e entro em casa.

Rafaela

Meu celular começa a tocar e eu o pego na bolsa, sobre a mesa.

__ Pode falar, agora? - ele pergunta, assim que atendo.

A Arte de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora