Uma Lição de Amor

*Bônus* (Wess)

Olá, Amoras. Como vocês estão? Bom, estou postando esse mega bônus, para que vocês possam conhecer mais de Wess. Eu preciso que vocês me dêem uma opinião sobre ele, sei que acham ele doente e querem o ver morto, mas sejam sinceras, vocês não sentem nada mais por ele? Espero que vocês gostem e que consigam enxergar o Wess, ainda tem muita coisa debaixo do tapete e virá com o decorrer da história. Deixem os comentários e estrelinhas de vocês, isso é o que ajuda a história crescer. Obrigada pelo carinho sempre, amo cada comentário e sempre solto muita gargalhada, não dá para responder todas, por isso existe o grupo do face para que a gente interaja. O grupo está como "Uma Lição de Amor - Daniela Fontoura". Bjos doces, tia Dany ama vocês! S2
PS. Este é o avatar de Wess para quem não conhece. Ryan Gosling :)

*Ano de 2007*

- Bom dia, filho. - A voz de Ester diz ironicamente quando ela entra na sala de jantar. Reviro meus olhos para ela e me levanto da mesa pronto para sair. - Fique, idiota! - Ela diz com amargura. - Não sabe que é falta de educação se levantar da mesa, antes mesmo dos donos da casa chegarem a se sentar para a refeição? - Eu costumava ficar chateado com suas palavras, sentia uma imensa vontade de ataca-la, meu sangue fervia e minha boca secava. Toda vez que eles me agrediam, uma escuridão se apossava cada vez mais dentro de mim. Cresci sabendo que eu era adotado, eles me adotaram porquê não podiam ter filhos e queriam fazer média para o mundo dos negócios, como uma família completa e feliz. Eles faziam questão que eu soubesse que eu não era realmente da familia. Eu cresci sendo humilhado, espancado em lugares que as pessoas não viam as marcas. Feridas se cicatrizaram em minha pele, deixando a marca da rejeição. Eu mesmo tive que cuidar para que elas se curassem, eu não tinha ninguém e eu não queria sair do conforto de uma casa, mesmo que seja um inferno, para viver em lares adotivos e sofrendo vários abusos que Ester vivia dizendo que eu iria sofrer se não fosse por eles. De certa forma, eu devia à eles, mas eu já estava tão cansado de lutar contra o meu eu. Eu gostava quando eu era uma criança, quando eles apenas me ignoravam, naquela época eu chorava, eu me importava, eu pedia por carinho, eu queria uma mãe e um pai. Uma mãe que me acariciava e mimava e um pai que me levava aos jogos e falava sobre garotas, mas eu não podia ter isso. Quando eu fiz oito anos, eles passaram a me notar, até minha respiração os incomodava. Então, comecei a sofrer verdadeiramente nas mãos deles, eu aprendi a desligar tudo. Eu vivia dia após dia como se eu não existisse, como se tudo isso fosse um pesadelo e eu iria acordar a qualquer momento. Eu tinha que me agarrar nisso, eu tinha que ter alguma esperança. Com dezessete anos, posso dizer que eu estava mudado. Eu me sentia gelado, me sentia frio com o mundo, me sentia eu. Eu fodia da forma mais suja que eu podia, com garotas estúpidas que queriam status por estar comigo. Mas, eu tinha uma imagem a zelar, então tudo teve que ser sempre em segredo. Eu não podia sujar a imagem dos meus queridos pais. E eu não sujei. Fui o cara que eles queriam, estava no time de futebol, tirava boas notas, era educado. Eu era uma pessoa desconhecida para mim mesmo, mas segui com o meu teatro do dia a dia, apenas revelando meu eu com meninas dispostas a terem minha atenção. Eu aprendi a manipular as pessoas em minha volta, todos queriam ser meus amigos, e meninas jogavam suas calcinhas em minha direção. Aprendi a ter tudo o que eu queria. Esse é o cara que eu me tornei, é tudo o que eu posso ser. Sinto uma queimação no meu rosto e com o impacto, minha cabeça vira para o lado. - Maldito! Você está me ignorando? - Raiva borbulha dentro de mim, anos sendo espancados me vem à tona e o gelo que se formou dentro de mim me deixa com frio, me deixa sedento por vingança. Me levando da cadeira com um impulso e pego Ester pelo cabelo. Sou alto e com os músculos que o futebol me proporcionou, sou mais forte do que ela. A jogo contra a parede, seus olhos arregalados e seu rosto branco pasmo me encaram. Eu sorrio para ela.